Covid-19

Ganhos com injeção de Covid da Moderna caíram drasticamente, empresa visando novos mercados

Moderna está abrindo uma loja em Xangai, na China, para reforçar a demanda em queda.

No início deste mês, foi relatado que a Moderna sofreria sua primeira perda trimestral desde o início da pandemia de Covid. De forma encorajadora, a empresa reportou lucro líquido de US$ 79 milhões e receita de US$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre de 2023, impulsionada pelos ganhos de injeção de Covid que foram adiados para 2022. No entanto, a receita de injeção de Covid da Moderna caiu mais de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa disse que está em discussões “ativas” com agências governamentais dos EUA, redes de farmácias e sistemas hospitalares sobre novos acordos de vacinas. A Moderna também estuda novos contratos com a Europa e o Japão. Ainda outro país asiático parece ser um mercado-alvo para a Moderna. Isso poderia ser um passo

Moderna segue Pfizer para a China

Em março, a Pfizer anunciou um acordo com a China para melhorar a saúde no país asiático. A empresa de biotecnologia tem uma entidade legal chamada Moderna (China) Biotech Ltd. registrada em Xangai com um capital de US$ 100 milhões para oportunidades de investimento no país asiático.

“Estamos procurando maneiras de nos envolver no mercado e levar o poder da plataforma de mRNA da Moderna para o povo da China”, disse um porta-voz da empresa. Até agora, a Moderna não está representada na China. A nova empresa será controlada pela Moderna Biotech UK, com Christoph Brackmann, vice-presidente sênior de finanças da Moderna, sendo o representante legal da empresa. O CEO da Moderna, Stéphane Bancel, supostamente visitou a China no mês passado, e Bancel diz que a empresa estará “colaborando” com seus parceiros em Xangai em pesquisa, desenvolvimento e produção. Moderna procura novos “Pontos de Crescimento”

Uma porta se fecha, outra se abre

A Pfizer/BioNTech dominou o mercado mundial com sua vacina contra a Covid. Mais de 660 milhões de pessoas receberam a vacina da Pfizer, enquanto apenas 150 milhões receberam a da Moderna.

Em março, a União Europeia queria assinar um novo acordo com a Pfizer, mas a empresa continuou a exigir o pagamento das vacinas encomendadas pela UE. A Pfizer/BioNTech e a UE já ajustaram seu contrato e, em um comunicado, as empresas farmacêuticas falaram em uma “reformulação das doses anuais de entrega até 2026”.

A Moderna enfrentou repetidas restrições na distribuição de sua vacina Spikevax e foi efetivamente “banida” da Europa pela Pfizer. É por isso que a Moderna agora está procurando na China um novo mercado para sua vacina mRNA Covid. A Moderna agora também está presente na China continental, apesar do crescimento das vendas desacelerar à medida que a demanda pela vacina Covid diminui.

Na China, 89% da população foi vacinada contra a Covid com a vacina BIBP da Sinopharm. Sinopharm não é tão eficaz quanto as vacinas de mRNA. Isso é motivo suficiente para a Moderna e a Pfizer aproveitarem a oportunidade para obter mais lucro.

Mas, como o TrialSite sugeriu recentemente, o medo coletivo do COVID-19 na China diminuiu significativamente.

Fonte: Trial Site News


Edicleia Alves Lima

Colunista associada para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades culturais, sócio-politicas e econômicas da região.

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