Tecnologia

Conveniência e Desafios da Biometria na Autenticação Online

Você já notou um aumento nas solicitações de autenticação de dois fatores? Ou talvez esteja enfrentando atrasos irritantes ao receber códigos de verificação por e-mail, obrigando-o a pedir novos? E o que dizer dos captchas, cada vez mais complicados e frustrantes?

Essas questões são apenas a ponta do iceberg em um cenário de segurança digital em rápida transformação. Estamos entrando em um “ano inovador” para sistemas de pagamento biométricos, com gigantes financeiros como JPMorgan e Mastercard liderando a charge. De acordo com um relatório da CNBC, estas empresas estão testando tecnologias que planejam lançar amplamente em breve.

Em março deste ano, o JPMorgan firmou um acordo com a PopID, visando a adoção generalizada de sistemas de pagamento biométricos até 2025. Um porta-voz da Mastercard destacou à CNBC que a biometria oferece um método seguro de verificação de identidade, substituindo senhas por dados pessoais únicos.

A Apple Pay já permite pagamentos via reconhecimento facial, e a Amazon expandiu seu sistema de pagamento por palma para várias de suas lojas físicas. A VISA apresentou seu novo sistema biométrico de pagamento por palma em um evento em Cingapura, e o PayPal está lançando seu próprio sistema para prevenir fraudes.

Este movimento não é exclusivo do Ocidente. Na China, a AliPay oferece opções de pagamento biométrico desde 2015, enquanto o metrô de Moscou utiliza câmeras de reconhecimento facial para pagamentos há mais de um ano.

Além dos pagamentos, a biometria está substituindo senhas em diversas áreas. Governos estão coletando dados biométricos para controle de imigração e a União Europeia lançará um novo sistema biométrico de entrada/saída ainda este ano. Dispositivos eletrônicos, como laptops e smartphones, já vêm equipados com reconhecimento facial e leitores de impressões digitais.

O Google Play introduziu recentemente um novo recurso de acesso biométrico, e redes sociais têm coletado dados biométricos para segurança e identificação há anos.

A conveniência é um fator chave nessa transição. Enviar códigos de segurança por e-mail e resolver captchas complexos está se tornando cada vez mais desafiador. Em contraste, a biometria é rápida e eficiente. Essa conveniência, promovida por influenciadores e retratada como futurística em mídias populares, está moldando a percepção pública.

No entanto, enquanto as grandes corporações acumulam vastas bases de dados biométricos, questões sobre privacidade e segurança persistem. A possibilidade de abuso desses dados por entidades mal-intencionadas é um risco significativo.

A evolução para um mundo de autenticação biométrica pode parecer inevitável, mas deve ser acompanhada de uma vigilância rigorosa e regulamentação adequada para proteger os direitos e a privacidade dos indivíduos.

Wesley Lima

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades culturais, sócio-políticas e econômicas da região.

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