Os laços econômicos entre a China e a Rússia são consistentes com os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou o porta-voz da Embaixada da China nos Estados Unidos, Liu Pengyu, em uma declaração à agência TASS na última terça-feira. Pequim rechaçou veementemente as sanções unilaterais impostas por Washington, destacando que não aceitará ser usada como bode expiatório.
“A China rejeita firmemente as sanções unilaterais ilegais dos EUA e certamente não concordaremos em ser um bode expiatório”, disse o diplomata chinês, respondendo a declarações do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. O principal diplomata americano havia afirmado que Washington pretende adicionar mais empresas chinesas à sua lista negra sob a acusação de enviar bens de dupla utilização para a Rússia.
Liu enfatizou que a postura da China em relação ao conflito na Ucrânia tem sido “justa e objetiva”. Ele ressaltou os esforços chineses para promover conversações de paz e um acordo político. Além disso, o porta-voz reiterou que as relações comerciais entre China e Rússia seguem as normas da OMC e as regras de mercado, não sendo dirigidas contra nenhum país terceiro nem devendo ser alvo de interferência externa. “Defenderemos os direitos e interesses legítimos e legais das empresas chinesas”, concluiu Liu.
Em um depoimento perante a Comissão de Relações Exteriores do Senado, também na terça-feira, Blinken afirmou que os EUA já sancionaram mais de 100 entidades chinesas e continuarão a fazê-lo, trabalhando em conjunto com parceiros europeus e outros aliados para enfrentar a China. No entanto, ele reconheceu que a China não forneceu armamentos à Rússia.
