O naufrágio do navio de carga Rubymar, de propriedade britânica, no Mar Vermelho após ser atingido por um ataque de míssil dos houthis levantou preocupações sobre o potencial impacto ambiental devido à sua carga de fertilizantes. O navio, que transportava 22.000 toneladas métricas de fertilizantes sauditas com destino à Bulgária, afundou após sofrer danos do ataque de míssil em 18 de fevereiro. A tripulação abandonou o navio naquela noite, e ele afundou na sexta-feira à noite após ficar inundado por duas semanas.
Este incidente faz parte de uma série de ataques das forças houthis na região do Mar Vermelho, que têm perturbado as operações da indústria de navegação em uma das rotas marítimas comerciais mais movimentadas do mundo. Os houthis realizaram mais de 60 ataques na região, visando navios que consideram ligados a Israel em resposta a eventos como a invasão de Gaza por Israel.
Os esforços para limpar qualquer dano ambiental causado pelo naufrágio do Rubymar são complicados pela contínua ameaça representada pelos houthis. As operações de salvamento foram prejudicadas devido a preocupações sobre operar em uma zona de guerra.
O desastre ambiental causado pelo naufrágio do Rubymar levantou preocupações de várias partes, incluindo o governo do Iêmen internacionalmente reconhecido em Aden e empresas como a Shell, que suspendeu a travessia pelo Mar Vermelho por receio de que seus petroleiros fossem alvos.
O naufrágio do Rubymar é considerado um dos piores incidentes no Oriente Médio desde 2006, quando um navio egípcio carregado de cimento foi afundado em um ataque suspeito do Hezbollah, do Líbano. O navio estava registrado em Belize, uma prática comum entre navios comerciais para se beneficiarem de regulamentações favoráveis em jurisdições offshore.