NON DVCOR; DVCO! (Não sou conduzido; conduzo!) | Convidamos para celebrar o aniversário de São Paulo | Degustação por meio de uma das vidas que se tornou mais emblemática da Metrópole ao Brasil inteiro. A voz dele é a poesia de todos os patriotas e jornalistas éticos para a Capital Mundial do Cosmopolitanismo. Os herdeiros do Trabuco: Eis a homenagem…
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Poesia – Tributo a José Paulo de Andrade – Baluarte do jornalismo, que uniu gerações e que deixa colegas e alunos órfãos de competência e imparcialidade.
JOSÉ PAULO DE ANDRADE:
IMPROVISO AOS BARÕES DO RÁDIO
Por: Dan Berg, 17/07/2020.
Extensivo a todos os jornalistas éticos do Brasil.
Foi-se o guerreiro
Com dom da palavra.
Foi-se o mestre
Do real: que se lavra.
Foi-se quem ensinava
O segredos da espada.
Foi-se a referência
Da nova garotada.
Foi-se a voz da memória,
Do rancho e cozinha.
Foi-se a voz da história
Que de nós se avizinha.
Foi-se o café
De vovôs e vovós.
Foi-se a frequência
De tom albatroz.
Foi-se em silêncio
Como o pulo do gato.
Foi-se em prenúncio
Tal qual ultimato.
Foi-se o baluarte
Dos barões do rádio.
Foi-se o certeiro
Em tribuna ou estádio.
Foi-se a coluna
Da radiofusão.
Foi-se em lacuna
De televisão.
Foi-se a face
Escondida de Saulo.
Foi-se a cara
Real de São Paulo.
Foi-se o modelo
De ser jornalista.
Foi-se o ícone
Do jornal paulista.
Foi-se o bacharel,
Versado em direito.
Foi-se o menestrel
Com rimado perfeito.
Foi-se o doutor
Em radiofonia.
Foi-se o tutor
Da metafonia.
Foi-se da rádio
O bandeirante.
Foi-se o arcádio
De voz retumbante.
Foi-se o radioescuta
Do plantão esportivo.
Foi-se a excuta
Do aluno assertivo.
Foi-se o locutor
Do querido futebol.
Foi-se o anunciador
De cada dia o arrebol.
Foi-se o apresentador
E comentarista.
Foi-se o inquiridor,
Destemido, altruísta.
Foi-se quem discordava
Sem, contudo, ofender.
Foi-se quem sorria,
Mas, sem desentender.
Foi-se o confrontador
Aguerrido.
Foi-se o questionador
Preferido.
Foi-se o que fazia
O entrevistado tremer.
Foi-se quem conseguia
Fazer o ouvinte entender.
Foi-se o pensante,
Provocador de revisões.
Foi-se a voz dos paulistas,
Dos calados corações.
Foi-se o embaixador
De ancestrais.
Foi-se quem representou
Bem os tais.
Foi-se um sessentênio
De jornalismo.
Foi-se quem mostrava
Os fatos sem achismo.
Foi-se o arauto
E Titular da Notícia.
Foi-se quem fazia
Da profissão sua delícia.
Foi-se a dinâmica
Da Entrevista Coletiva.
Foi-se a era da honrada
Cadeira cativa.
Foi-se o perfil
Que a cada século nasce.
Foi-se o sucessor
De Vicente Leporace.
Foi-se o domador
De marruco.
Foi-se o legatário
Do Trabuco.
Foi-se quem fazia
O jornal, Gente!
Foi-se quem não fazia
Jornal pendente.
Foi-se quem era ouvido
Na urbe, no morro.
Foi-se quem até
Brincou de ser Zorro.
Foi-se quem trazia
O fato antes da opinião,
Foi-se a maestria
Da análise com retidão.
Foi-se quem questionava
Com tom varonil.
Foi-se quem honrava
A História do Brasil.
Foi-se o som
Tão certeiro de sniper.
Foi-se o parceiro
De Salomão Ésper.
Foi-se a performance
Do boletim.
Foi-se a Trilogia
Com Joelmir Beting.
Foi-se de quem
Não se falou a metade:
Fica entre todos
José Paulo de Andrade!
José Paulo de Andrade (São Paulo, 18 de maio de 1942 – São Paulo, 17 de julho de 2020)
IMAGENS: REPRODUÇÃO/3º TEMPO
Quem se dedica a informar contribui para a formação. Quem se limita a opinar contribui para a deformação.
Dan Berg (escritor, teólogo, ensaísta)
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