Aumento na mão de obra e queda nos materiais são os principais destaques do índice, que aponta variações regionais e impactos dos acordos coletivos.
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou um aumento de 0,36% em maio, o que representa um acréscimo de 0,09 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de 0,27%. No acumulado dos últimos doze meses, o Sinapi alcançou 6,13%, mostrando uma desaceleração em comparação aos 8,05% registrados no período anterior.
Comparado a maio de 2022, o índice atual apresenta um aumento expressivo, já que no ano passado a taxa foi de 2,17%. O custo nacional da construção por metro quadrado também teve um leve aumento, passando de R$ 1.693,67 em abril para R$ 1.699,79 em maio. Desse valor, R$ 1.004,40 são relativos aos materiais e R$ 695,39 à mão de obra.
No que diz respeito aos materiais, houve uma variação de -0,24%, representando uma queda de 0,66 ponto percentual em relação a abril, quando a taxa foi de 0,42%. Essa queda é significativa, sendo o último índice negativo registrado em janeiro deste ano. Comparado a maio de 2022, quando a taxa foi de 1,96%, ocorreu uma queda de 2,20 ponto percentual.
Por outro lado, a mão de obra registrou uma taxa de 1,24%, influenciada pelo aumento do salário-mínimo e por acordos coletivos em vigor no Maranhão, São Paulo e Distrito Federal. Esse aumento representa um acréscimo de 1,19 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de 0,05%. Em comparação a maio de 2022, houve uma queda de 1,25 ponto percentual, ou seja, a taxa naquele período foi de 2,49%.
No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, a variação dos materiais foi de 0,32%, enquanto a mão de obra apresentou um aumento de 2,56%. Já nos últimos doze meses, os materiais tiveram uma variação de 4,30%, enquanto a mão de obra registrou um aumento de 8,86%.
Analisando as variações regionais, a Região Sudeste foi a que teve a maior variação mensal em maio, com 0,59%. Isso se deve, em parte, ao aumento na parcela dos profissionais em São Paulo. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,25% no Norte, 0,21% no Nordeste, 0,28% no Sul e 0,13% no Centro-Oeste.
Em relação aos estados, o Maranhão registrou a maior alta, com uma taxa de 1,92%. Em seguida, aparecem o Distrito Federal, com 1,63%, e São Paulo, com 1,29%. Esses aumentos estão relacionados aos acordos coletivos firmados nessas regiões.