A eclosão da Segunda Guerra Mundial em 1939 abalou os compromissos de paz estabelecidos duas décadas antes pela Liga das Nações. Com o fim da guerra, a necessidade de um organismo intergovernamental para promover a paz entre as nações tornou-se evidente para as grandes potências. Assim, em 1945, surgiu a Organização das Nações Unidas (ONU), um colossal edifício diplomático com a missão de garantir a paz e a cooperação global.
No entanto, por trás da fachada de esperança e cooperação, há um lado oculto na história da ONU. Suas atividades são divididas entre vários órgãos, com destaque para o Conselho de Segurança, composto por apenas 15 nações, sendo 5 delas detentoras de assento permanente e poder de veto.
Enquanto a Carta de Fundação da ONU estabelece o propósito nobre de manter a paz e a segurança internacionais, na prática, o Conselho de Segurança muitas vezes se torna um campo de batalha para os interesses nacionais das grandes potências. A predominância do poder de veto dessas nações privilegiadas frequentemente mina os ideais pacifistas da organização.
A Rússia, em particular, demonstrou um uso frequente e controverso do poder de veto para promover seus próprios interesses estratégicos, mesmo às custas de vidas humanas. Além disso, outras potências, como os Estados Unidos, também usam seu poder de veto para defender seus aliados e proteger seus interesses geopolíticos.
Essa dinâmica de interesses nacionais muitas vezes obscurece o verdadeiro propósito da ONU, desviando-a de sua missão original de promover a paz e a cooperação global. Enquanto isso, agendas ideológicas, como os chamados “direitos sexuais e reprodutivos”, são promovidas sob o manto da legitimidade da ONU, apesar das controvérsias e resistências.
Assim, a ONU se vê dividida entre sua aspiração idealista de paz e cooperação e a realidade complexa e muitas vezes contraditória dos interesses nacionais e ideológicos que moldam suas ações. Essa dualidade representa um desafio contínuo para a eficácia e a legitimidade da organização no cenário global contemporâneo.
Fontes:
Este programa é oferecido pelo Brasil Paralelo, uma plataforma comprometida em trazer perspectivas alternativas e análises profundas sobre a história e a política do Brasil. Através de documentários e análises abrangentes, eles buscam promover um entendimento mais completo e crítico do nosso passado e presente. 2022 Resoluções da UNGA sobre Israel vs. Resto do Mundo. UN Watch. 2022. Diretrizes de cuidados com o aborto. Organização Mundial da Saúde, Programa de Reprodução Humana. srhr.org/abortioncare. Bayefsky, A. Perspectivas sobre o Anti-Semitismo Hoje. Palestra na conferência “Enfrentando o Anti-Semitismo: Educação para Tolerância e Compreensão”, Departamento de Informação das Nações Unidas. 2004. Castro, G. Como o STF utiliza a Agenda 2030 para priorizar pautas “progressistas”. Gazeta do Povo. 2022. Gold, D. Torre de Babel: Como as Nações Unidas Alimentaram o Caos Global. 2004. Huizinga, T. Governança Global Acordada: A ONU, os Novos Direitos Humanos e o Dinheiro. O Conservador Europeu. 2022. Orientações técnicas internacionais sobre educação sexual: uma abordagem baseada em evidências. UNESCO, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 2018. Kessel, Z. A ONU foi Feita para não Funcionar. Gazeta do Povo. 2023. Pessoal por organização. Conselho Executivo do Sistema das Nações Unidas para Coordenação. unsceb.org/hr-organization. Romero, L. Tá de Parabéns? Superinteressante. 2015. Destaque para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. ONU Mulheres. 2017. O Orçamento da ONU. Atendendo ao Momento: Os EUA e a ONU em 2023. Better World Campaign. O Veto. Relatório do Conselho de Segurança. 2020.
