Saúde

Pesquisa alerta para possíveis riscos do jejum intermitente

Estudo aponta danos ao cérebro e ao intestino; por outro lado, identifica efeito antidepressivo e redução da ansiedade.

Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) financiada pela CAPES identificou possíveis riscos do jejum intermitente. Os experimentos demonstraram que o ato de intercalar longos períodos de jejum com de alimentação pode causar danos a células cerebrais e intestinais. Por outro lado, constatou-se efeito antidepressivo e redução de ansiedade.  

Jailane Aquino, Professora do Departamento de Nutrição da UFPB, idealizou e coordena o projeto que investiga potenciais benefícios e malefícios da prática. “Muitas pessoas estão fazendo o jejum sem acompanhamento e os resultados são controversos”, explicou.

Em laboratório, ratinhos saudáveis foram divididos em quatro grupos: com jejum e exercícios aeróbicos, sem jejum e com exercícios aeróbicos, com exercícios aeróbicos e sem jejum e sem exercícios aeróbicos e sem jejum. Os que jejuaram e se exercitaram apresentaram redução de ansiedade. Todos que jejuaram apresentaram efeito antidepressivo.

As reações adversas, no entanto, se destacaram. “O que mais nos surpreendeu foram danos em neurônios e nas vilosidades do cólon dos ratos. Poucos estudos apontam os efeitos negativos do jejum, especialmente em se tratando de animais ou pessoas sadias”, afirma Jailane, que coordena o Laboratório de Nutrição Experimental da UFPB, palco dos experimentos.

Os estudos resultaram em um artigo na revista internacional Journal of Affective Disorders, publicado pela editora Elsevier, especializada em conteúdos científicos, técnicos e médicos. Naís Soares, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição da UFPB com bolsa da CAPES, é a principal autora. A publicação é parte do trabalho de conclusão de seu mestrado, também financiado pela Fundação.

No doutorado, Naís continua a avançar na pesquisa. “Os resultados servem como alerta, mas ainda são necessários estudos clínicos bem controlados, com humanos já adeptos dessa intervenção, para que se possa confirmar se esses danos também ocorrem em humanos e, caso ocorram, quanto tempo leva para isso ocorrer”, explicou. E enfatizou: “É sempre de extrema importância o acompanhamento de um nutricionista quando for iniciar essa intervenção, para garantir que o protocolo seja feito de forma correta e segura.”

Programa de Apoio à Pós-Graduação
Além de bolsas, os projetos contam com recursos do Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap). A iniciativa, da CAPES, financia atividades de cursos de pós-graduação. No caso do projeto da UFPB, viabilizou a ida de alunos ao Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), onde se deu parte das análises dos experimentos.

Fonte:

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Joice Ferreira

Colunista associada para o Brasil em Duna Press Jornal Magazine. Protetora independente e voluntária na causa animal.

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