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Apareceu uma cobra em casa após chuvas e alagamentos? Saiba o que fazer e o que evitar

As fortes chuvas que afetam o país trazem mais uma situação de perigo aos habitantes das áreas alagadas: o possível contato com cobras venenosas. Ao tentarem escapar de áreas soterradas, algumas serpentes peçonhentas invadem áreas residenciais e provocam pânico nos moradores. Casos como estes foram relatados no litoral norte de São Paulo em fevereiro, onde o maior volume de chuva já registrado no país deixou dezenas de mortes e milhares de desabrigados, e outros após tempestades no Nordeste.

Em épocas chuvosas, as serpentes podem surgir em áreas urbanas pois, assim como os seres humanos, elas também sofrem com as inundações, porque são expulsas de seu habitat natural e tentam sobreviver em áreas mais secas. 

“Com as inundações, com certeza muitos animais ficaram desabrigados de suas áreas naturais, rolaram com a terra, rolaram com toda aquela água e fatalmente serpentes apareceram na casa das pessoas”, relata o diretor de Centro de Desenvolvimento Cultural do Instituto Butantan, Giuseppe Puorto, referência nacional em manejo de serpentes. 

Para evitar ser picado por uma cobra nestas situações, o mais importante é não tocar o animal em hipótese alguma e procurar ajuda imediata

“Se aparecer alguma serpente na sua casa, na sua área de trabalho, não importa se é perigosa ou não, procure socorro com pessoas que saibam lidar com animais. Chame o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil ou o Controle de Zoonoses do seu município, porque dessa forma você não corre o risco de tentar mexer com ela e se acidentar”, explica Giuseppe. 

Cobras mais perigosas

No litoral do Estado de São Paulo, algumas áreas ainda estão em reconstrução após serem destruídas pelas águas – um prato cheio para aparição das serpentes mais comuns na região: a jararacuçu, a jararaca e a coral-verdadeira (Micrurus corallinus). Veja as diferenças entre as serpentes no vídeo.

Agressiva, a jararacuçu (Bothrops jararacuçu) é uma serpente de grande porte, que pode chegar a 1,70 m de comprimento e tem pele mais escura que a jararaca; a jararaca (Bothrops jararaca) é menor que a jararacuçu e comum na área de mata atlântica; e a coral-verdadeira (Micrurus corallinus) é menor que as demais, mas não menos perigosa.

“A diferença entre a coral-verdadeira e a falsa coral é muito sutil e não aconselhamos tentar descobrir se é uma ou outra porque não vale a pena. Toda vez que se deparar com uma cobra padrão coral, mantenha a segurança e não coloque a mão. Elas são muito rápidas e acabam fugindo quando em contato com pessoas”, afirma Giuseppe.

Como estas serpentes vivem em mata fechada, nem sempre elas chegam às casas. Mas com as áreas tomadas pela lama, ou inundadas, as cobras procuram avidamente por um lugar seguro, aumentando a chance de se abrigarem nas casas ao redor. Como são peçonhentas, o risco de envenenamento dos moradores aumenta e, se isso ocorrer, o socorro médico deve ser imediato. 

O que fazer e o que evitar

“Se for picado por uma serpente, a primeira coisa a se fazer é manter a calma, não sair correndo, porque aumenta o risco de tropeçar e machucar outras partes do corpo”, ressalta o diretor do Butantan. 

Giuseppe também reforça a necessidade de não utilizar materiais cortantes, substâncias ou tentar sugar o sangue na tentativa de retirar o veneno, o que a ciência já comprovou não funcionar e aumentar o risco de uma infecção secundária. 

“Se ocorrer o acidente, higienize o ferimento com água e sabão, não amarre ou faça torniquete, não beba álcool, nem querosene, não coloque nenhuma substância em cima do ferimento, como borra de café, terra, esterco, porque não funcionam, e procure o serviço médico mais próximo, para que um médico cuide de você”, explica Giuseppe.

Apesar de difícil, manter a calma pode diminuir o risco de ocorrer um acidente, já que as serpentes tendem a não reagir se não se sentirem ameaçadas, afirma o diretor do Butantan.

Fonte: https://butantan.gov.br/noticias

Joice Ferreira

Colunista associada para o Brasil em Duna Press Jornal Magazine. Protetora independente e voluntária na causa animal.

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