Em junho 1822, o Recôncavo baiano aderiu em peso ao projeto da Independência capitaneado pelo Rio de Janeiro. O centro da resistência se localizava na vila de Cachoeira, que estabeleceu um governo paralelo ao de Salvador.
Na capital da Bahia, o general Madeira de Mello, comandante das tropas portuguesas, acusou Cachoeira de sedição. Sem força militar para avançar sobre o Recôncavo, agiu em duas frentes. Fechou o acesso marítimo ao rio Paraguaçu, de modo a impedir o fluxo de comunicações e fornecimentos entre o Recôncavo e a capital. Em seguida, posicionou tropas no caminho terrestre entre Salvador e as vilas do Recôncavo. Esses caminhos – a estrada das boiadas – se transformariam no principal teatro de operações da guerra de independência na Bahia com batalhas memoráveis, como a batalha de Pirajá.
Já a ilha de Itaparica era decisiva para o controle de toda parte sul do Recôncavo. Se os portugueses conseguissem se instalar de vez na ilha, estaria aberta a oportunidade de bloquear a rota de suprimentos para a vila de Cachoeira através do rio Paraguaçu.
O general Madeira executou três incursões militares contra a ilha. Na primeira, avançou pela passagem do Funil, entre Itaparica e o continente. Na segunda tentativa, arremeteu sobre a trincheira no porto de Dantos. Por fim, em 28 de outubro de 1823, Madeira ordenou o bombardeio a Itaparica. Foi repelido em todas as tentativas.
Fonte: http://projetorepublica.org