O crescimento foi impulsionado por exportações de commodities.
No mês de outubro, a balança comercial brasileira atingiu um superávit recorde de US$ 9,0 bilhões, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Instituto Brasileiro de Economia (IBRE). Este valor representa um aumento significativo de US$ 5,6 bilhões em comparação ao mesmo período de 2022. Além disso, o acumulado do ano até outubro alcançou o impressionante saldo de US$ 80,2 bilhões, marcando o maior superávit na série histórica anual da balança comercial.
Com base nessas informações, as projeções indicam que o superávit para o ano de 2023 deve situar-se entre US$ 95 bilhões e US$ 100 bilhões. A análise mensal revela uma variação interanual positiva no volume exportado, à exceção de fevereiro, enquanto o volume importado teve variação negativa em diversos meses ao longo do ano.
O desempenho positivo das exportações é impulsionado pelo aumento das vendas de commodities, sendo o petróleo bruto, a soja e o minério de ferro os principais destaques. Em outubro, o volume exportado de commodities aumentou expressivos 31,9%, contribuindo para o crescimento anual de 12,5%. Contudo, observa-se uma queda nos preços desses produtos, com reflexos na variação mensal e acumulada.
Destaca-se o papel fundamental da China nesse cenário, sendo responsável por 53% do superávit brasileiro até outubro de 2023, com um aumento de US$ 17,1 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações para outros destinos, como os Estados Unidos, registraram redução, contribuindo para a mudança no perfil da balança comercial brasileira.
A indústria extrativa foi a principal protagonista desse desempenho, liderando o volume exportado em outubro com uma variação de 34,8%. Enquanto isso, a agropecuária manteve-se dinâmica, com um aumento de 34,2%, ao passo que o setor de transformação apresentou um crescimento mais modesto, com variação de 2,5%.
