O Governo do Panamá tomou uma medida decisiva nesta segunda-feira, convocando seu embaixador na Nicarágua para consultas em meio a um intenso protesto contra a proteção concedida ao ex-presidente Ricardo Martinelli. Martinelli, que enfrenta condenação por branqueamento de capitais e acusações de subornos, encontrou refúgio na legação diplomática nicaraguense na Cidade do Panamá.
O Ministério das Relações Exteriores do Panamá expressou forte desaprovação, denunciando a suposta proteção ilegal oferecida a Martinelli, que, segundo o governo panamenho, tem sido usado para atividades político-partidárias. Em um comunicado, o governo panamenho destacou que esta ação viola as normas fundamentais do Direito Internacional e afeta a integridade territorial do Panamá.
A situação se intensificou com a exigência do Panamá para que a Nicarágua cumpra suas obrigações internacionais e permita a saída segura de Martinelli do país. O ex-presidente, atualmente na Embaixada da Nicarágua, alegou temer por sua vida, afirmando que o presidente atual, Laurentino ‘Nito’ Cortizo, planeja assassiná-lo antes das eleições de 5 de maio.
Enquanto Martinelli aguarda a resolução deste impasse diplomático, as tensões entre o Panamá e a Nicarágua continuam a aumentar, colocando em destaque a complexidade das relações internacionais e a importância do respeito mútuo às normas internacionais.
