News

Em outubro comércio varejista brasileiro sofreu uma variação de -0,3%, segundo IBGE

Vendas recuam e setores apresentam diferentes resultados.

Em outubro de 2023, o comércio brasileiro enfrentou desafios, refletindo uma variação no volume de vendas em diferentes segmentos. Os dados revelam que, no varejo, houve uma variação de -0,3% em relação a setembro, marcando uma reversão do crescimento de 0,5% no mês anterior. A média móvel trimestral ficou em 0,1%, indicando uma estabilidade relativa. Na série sem ajuste sazonal, o varejo apresentou um aumento de 0,2% em relação a outubro de 2022, alcançando o quinto resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o setor acumula uma alta de 1,6%, enquanto nos últimos doze meses, a variação foi de 1,5%.

No âmbito do comércio varejista ampliado, que abrange diversos setores, incluindo veículos, motos, partes e peças, material de construção, e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas variou -0,4% em relação ao mês anterior. Apesar dessa queda, a série sem ajuste sazonal revela um crescimento de 2,5% em comparação a outubro de 2022, marcando o oitavo resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o varejo ampliado apresenta um aumento de 2,4%, enquanto nos últimos doze meses, a variação foi de 1,8%.

O cenário torna-se mais claro ao analisar o desempenho de diferentes setores. A variação de -0,3% no varejo em outubro de 2023, na série com ajuste sazonal, foi liderada por taxas negativas em cinco das oito atividades pesquisadas. Setores como Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,7%) e Tecidos, vestuário e calçados (-1,9%) foram particularmente impactados. No entanto, atividades como Livros, jornais, revistas e papelaria (2,8%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%) apresentaram resultados positivos.

A análise interanual revela que, em comparação a outubro de 2022, seis das oito atividades do varejo tiveram queda, com destaque para Combustíveis e lubrificantes (-9,5%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%). Por outro lado, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%) registraram crescimento.

O setor de combustíveis e lubrificantes merece atenção, apresentando uma queda significativa de 9,5% em outubro de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse declínio reflete uma desaceleração na trajetória de crescimento observada no segundo semestre de 2022, influenciada pela política de redução de preços da gasolina. A queda acumulada até outubro foi de 4,9%, indicando uma diminuição no ritmo de crescimento em relação aos meses anteriores.

Outros setores, como Outros artigos de uso pessoal e doméstico, Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, e Livros, jornais, revistas e papelaria, enfrentaram desafios semelhantes, com quedas consecutivas e acumuladas no ano.

Por outro lado, o setor de Veículos e motos, partes e peças apresentou um crescimento robusto de 10,5% em outubro de 2023, marcando a sexta alta consecutiva. Material de construção também registrou um aumento significativo de 6,4%, interrompendo uma sequência de oito meses de resultados negativos interanuais.

Em termos regionais, as vendas recuaram em 17 das 27 unidades da federação em relação a setembro, destacando-se o Rio de Janeiro (-2,0%) e Santa Catarina (-1,4%). No entanto, estados como Maranhão (3,1%) e Bahia (1,9%) apresentaram resultados positivos, destacando a heterogeneidade do cenário econômico nacional.

Frente a outubro de 2022, onze unidades da federação registraram um aumento nas vendas, lideradas por Tocantins (12,6%) e Maranhão (10,1%). No entanto, estados como Paraíba (-21,8%) e Amapá (-13,7%) enfrentaram quedas significativas.

No contexto do comércio varejista ampliado, o quinto bimestre de 2023 apresentou um crescimento de 2,7%, com destaque para Veículos e motos, partes e peças (9,8%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,7%). Esses números indicam uma recuperação em alguns segmentos, contribuindo para a complexidade do cenário econômico brasileiro.

Joabson João

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Putin recebe a medalha da amizade na China Lula vs Bolsonaro nas redes O Agro é o maior culpado pelo aquiecimento global? Países baratos na Europa para fugir do tradicional O que é a ONU Aposente com mais de R$ 7.000 morando fora do Brasil Você é Lula ou Bolsonaro O plágio que virou escândalo político na Noruega Brasileira perdeu o telefone em Oslo Top week 38