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IBGE: Comércio varejista cresce 0,8% em março de 2023, impulsionado por cinco setores

Vendas avançam em cinco atividades e em 23 Unidades da Federação, destacando-se o setor de combustíveis e lubrificantes

Em março de 2023, o volume de vendas no comércio varejista cresceu 0,8% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 1,5% no trimestre encerrado em março. Frente a março de 2022, o comércio varejista avançou 3,2%, acumulando alta de 1,2% nos últimos doze meses e, também, de 2,4% no ano.

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas em março de 2023 mostrou aumento de 3,6% nas vendas frente ao mês imediatamente anterior na série livre de influências sazonais, após aumento de 2,0% em fevereiro de 2023. Com isso, a evolução do índice de média móvel trimestral para o varejo ampliado depois do avanço de 1,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2023, avançou em 2,1% no trimestre encerrado em março de 2023.

Em março, quatro das oito atividades do comércio varejista tiveram taxas negativas: Tecidos, vestuário e calçados (-4,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,6%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,1%). Por outro lado, três tiveram crescimento: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%) e Móveis e eletrodomésticos (0,3%). A atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ficou estável (0,0%). Já no comércio varejista ampliado, Material de construção variou 0,2%, enquanto Veículos e motos, partes e peças cresceu 3,7%.

Comércio avança 3,2% frente a março de 2022 e cresce em cinco das oito atividades

Em março de 2023, frente a igual mês do ano anterior, o comércio varejista mostrou avanço 3,2%, com predominância de taxas positivas dentre as atividades, atingindo cinco das oito atividades pesquisadas: Combustíveis e lubrificantes (14,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,8%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,1%) e Móveis e eletrodomésticos (2,0%). Três setores apresentaram queda na comparação interanual: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-7,3%).

No comércio varejista ampliado, a alta de 8,8% nas vendas, frente a março de 2022, foi seguida por Veículos e motos, partes e peças (10,7%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%). O setor de Material de construção caiu 5,1% nessa comparação.

As vendas do setor de Combustíveis e lubrificantes subiram 14,3% frente a março de 2022. Este indicador do setor cresce há 14 meses, desde janeiro de 2022 (-7,0%). O acumulado no ano desacelerou, indo de 23,3% em fevereiro para 20,0% em março. O acumulado nos últimos doze meses chegou a 21,0% em março, valor próximo ao de fevereiro (20,9%).

As vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceram 6,8% frente a março de 2022, primeiro resultado positivo após dois meses de queda (-7,6% em janeiro e -0,7% em fevereiro). Com isso, o setor acumula queda de 0,5% no ano, frente ao mesmo período de 2022. O acumulado nos últimos doze meses é de 4,0% até março, somando 66 meses consecutivos de resultados positivos.

Pelo oitavo mês consecutivo, o setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresenta resultado positivo na comparação interanual, registrando 4,5% de crescimento entre março de 2023 e março de 2022. No ano, o acúmulo é de 2,6% até março, acima do registrado até fevereiro (1,6%). Nos últimos doze meses o valor também é positivo até março (2,2%), 0,7 p.p. acima de fevereiro (1,5%).

O agrupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou aumento de 4,1% nas vendas frente a março de 2022, invertendo trajetória registrada no mês anterior (-2,6%). Com isso, no ano o acumulado passa de 5,9% até fevereiro para 5,2% até março. Nos últimos dozes meses há também diminuição na intensidade de crescimento, passando de 3,9% até fevereiro para 2,9% em março de 2023.

O setor de Móveis e eletrodomésticos apresentou aumento de 2,0% nas vendas frente a março de 2022, invertendo sinal em relação ao mês anterior, quando o indicador interanual havia registrado -0,7%. Em relação ao acumulado no ano, o resultado até março foi o mesmo que até fevereiro: 2,1%. Nos últimos dozes meses, a inclusão do mês de março não modifica o cenário, que passa de -4,5% até fevereiro para -4,9% até o mês de referência.

Em Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., o indicador interanual registrou queda de 12,9% em março de 2023, mesmo valor de fevereiro. A atividade também mostra perda de ritmo, em relação ao acumulado no ano, passando de -9,4% até fevereiro para -10,6% no mês de referência. O mesmo acontece em termos do resultado acumulado nos últimos doze meses, que também passa de -9,4% até fevereiro para -10,9% em março.

O setor de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou queda, em março de 2023, de 8,0% nas vendas frente a março de 2022, segunda consecutiva, uma vez que o resultado de fevereiro foi negativo em 9,4%. No ano, o setor acumula 0,7% de crescimento até março, abaixo do acumulado registrado até fevereiro (3,9%). No indicador dos últimos dozes meses o setor também desacelera, passando de 10,6% até fevereiro de 2023 para 7,0% até março.

As vendas de Tecidos, vestuário e calçados recuaram 7,3% frente a março de 2022, segunda queda consecutiva nessa comparação e a oitava desde julho de 2022. Nesse período, apenas janeiro de 2023 (2,4%) foi positivo. No ano, o setor acumula perda de 4,7% até março, mais intensa que a de fevereiro (-3,3%). Pelo quarto mês consecutivo o indicador de 12 meses (-5,2%) foi negativo, assim como em dezembro (-0,5%), janeiro (-0,5%) e fevereiro (-1,5%).

No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças apresentou resultado no campo positivo (10,7%) na comparação de março de 2023 com março de 2022, após registrar -1,3% em fevereiro de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior. No ano, o setor acumula resultados positivos pelo terceiro mês consecutivo: 4,7% em janeiro, 1,7% até fevereiro e 5,0% até março de 2023. Nos últimos doze meses, no entanto, a atividade acumula queda pela oitava vez, atingindo -1,4% até março.

O resultado de -5,1% entre março de 2022 e março de 2023 para Material de construção foi o segundo negativo consecutivo. Nos últimos 21 meses, o setor teve resultados no campo positivo em apenas duas ocasiões: março de 2022 (1,2%) e janeiro de 2023 (1,1%). Tanto no acumulado do ano quanto nos últimos dozes meses o resultado, até março, também é negativo: -3,3% no ano e – 8,4% nos últimos dozes meses.

A atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 5,6% frente a março de 2023 com março de 2022, primeiro resultado positivo da série, que se inicia em janeiro de 2023. No ano de 2023 até março, a atividade acumula -0,7% de perdas, menos intensa que o valor acumulado até fevereiro, que foi de -5,1%.

Vendas crescem em 23 das 27 Unidades da Federação

De fevereiro para março de 2023, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista do país cresceu 0,8%, com resultados positivos em 23 das 27 Unidades da Federação. As maiores altas foram no Espírito Santo (5,7%), Paraíba (5,4%) e Alagoas (4,8%). Por outro lado, houve quedas em quatro das 27 UFs: Rio de Janeiro (-2,0%), Distrito Federal (-1,4%), Tocantins (-1,1%) e Maranhão (-1,0%).

Na mesma comparação, o volume de vendas do comércio varejista ampliado cresceu 3,6% de fevereiro para março, com resultados positivos em 22 das 27 Unidades da Federação. Os destaques foram Tocantins (22,3%), São Paulo (14,1%) e Paraná (8,9%). Por outro lado, houve recuos em cinco das 27 UFs: Rio Grande do Sul (-4,0%), Ceará (-1,7%), Roraima (-1,4%), Rio Grande do Norte (-1,3%) e Maranhão (-0,8%).

Joabson João

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

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