News

Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) registra queda significativa em julho, atingindo o menor nível em quase seis anos

Melhoria das perspectivas macroeconômicas do país impulsiona redução do IIE-Br, aponta Fundação Getulio Vargas.

Em um sinal positivo para a economia brasileira, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou uma queda de 4,1 pontos em julho, atingindo o patamar de 103,5 pontos. Essa é a menor pontuação registrada desde novembro de 2017, quando o índice alcançou 103,1 pontos. Além disso, o indicador acumula uma redução expressiva de 13,2 pontos nos últimos quatro meses, demonstrando uma tendência consistente de melhoria nas expectativas econômicas.

A análise detalhada do IIE-Br revela que, até então, a queda nos meses anteriores era atribuída unicamente ao componente de Mídia. No entanto, em julho, o resultado foi influenciado também pelo componente de Expectativas. Esse aspecto é significativo, visto que indica uma maior confiança dos especialistas quanto às projeções futuras para a economia brasileira.

De acordo com a economista Anna Carolina Gouveia, do FGV IBRE, a desaceleração da inflação tem sido um fator crucial para a redução da incerteza econômica. Isso reflete na diminuição da heterogeneidade nas previsões de 12 meses tanto para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) quanto para a Taxa Selic, o que contribui para um cenário mais estável e previsível.

Outro ponto relevante é que a queda contínua do IIE-Br nos últimos meses está diretamente relacionada à melhoria das perspectivas para o cenário macroeconômico do país. Além disso, a redução das incertezas fiscais e políticas também tem sido um fator determinante. No entanto, é destacado que a continuidade dessa trajetória positiva dependerá tanto da recuperação da atividade econômica quanto da manutenção de uma relação colaborativa e sinérgica entre as diferentes esferas do governo.

Detalhando os componentes do IIE-Br, o indicador de Mídia caiu 2,6 pontos em julho, atingindo 101,9 pontos, a menor marca desde fevereiro de 2015. Essa queda contribuiu negativamente com 2,3 pontos para a evolução do índice agregado. Já o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, interrompeu uma sequência de três quedas seguidas e registrou uma redução de 8,2 pontos, chegando a 108,6 pontos, contribuindo negativamente com 1,8 ponto para o IIE-Br.

A tendência de redução da incerteza econômica é um sinal animador para os agentes econômicos e pode impulsionar investimentos e decisões de consumo no país. A expectativa agora é que, com a continuidade das reformas e políticas econômicas sólidas, o cenário de melhoria se consolide, contribuindo para um ambiente mais estável e propício ao crescimento econômico.  

Joabson João

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

Botão Voltar ao topo
Putin recebe a medalha da amizade na China Lula vs Bolsonaro nas redes O Agro é o maior culpado pelo aquiecimento global? Países baratos na Europa para fugir do tradicional O que é a ONU Aposente com mais de R$ 7.000 morando fora do Brasil Você é Lula ou Bolsonaro O plágio que virou escândalo político na Noruega Brasileira perdeu o telefone em Oslo Top week 38