Preços em declínio de energia elétrica e alimentos influenciam o índice; Aumento da gasolina e passagens aéreas impulsionam o setor de Transportes.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medidor prévio da inflação oficial no Brasil, apresentou uma taxa de -0,07% em julho, com destaque para os estados de São Paulo e Porto Alegre. Essa marca representa uma diminuição de 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior, que registrou 0,04%. A redução também foi sentida na comparação com julho de 2022, quando o índice havia sido de 0,13%.
No estado de São Paulo, o IPCA-15 acumula uma alta de 3,09% no ano e de 3,19% nos últimos 12 meses, ficando abaixo dos 3,40% registrados no mesmo período anterior. Já no estado do Rio Grande do Sul, o acumulado no ano é o mesmo, porém, a variação dos últimos 12 meses é de 3,26%.
A retração em julho foi influenciada, principalmente, pelas quedas nos grupos de Habitação e Alimentação e Bebidas. No setor de Habitação, a redução de 0,94% foi impactada pela queda nos preços da energia elétrica residencial, que chegaram a -3,45% no estado de São Paulo e a -4,47% em Porto Alegre. Essa diminuição foi resultado da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em julho. No entanto, alguns reajustes foram aplicados em algumas áreas desses estados, contrapondo essa redução.
Em relação à Alimentação e Bebidas, a deflação foi de -0,40%, impulsionada, principalmente, pela queda de 0,72% nos preços da alimentação no domicílio. Itens como feijão-carioca (-10,20%), óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%) apresentaram expressivas reduções de preços no estado de São Paulo e Porto Alegre. Em contrapartida, a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) registraram altas.
Por outro lado, o grupo de Transportes apresentou alta de 0,63%, com maior impacto positivo (0,14 ponto percentual) vindo do aumento de 2,99% nos preços da gasolina em ambos os estados. Além disso, as passagens aéreas também contribuíram para a alta, apresentando um aumento de 4,70% após uma alta de 10,70% em junho.
Outros grupos, como Artigos de Residência (-0,40%) e Comunicação (-0,17%), também registraram quedas em São Paulo e Porto Alegre, enquanto Despesas Pessoais (0,38%) e Vestuário (0,04%) apresentaram variações mais moderadas.