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Taxa de desocupação no Brasil cai para 8,3% no segundo trimestre de 2023

Dados do IBGE mostram redução na desocupação e aumento na ocupação, além de queda na taxa de subutilização e crescimento nos rendimentos.

De acordo com os dados do trimestre de março a maio de 2023 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no país foi de 8,3%, o que representa uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (8,6%) e uma redução de 1,5 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano anterior (9,8%).

A população desocupada também apresentou uma diminuição nas duas comparações. Em relação ao trimestre anterior, houve uma redução de 3,0%, o que significa 279 mil pessoas a menos desocupadas. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, a queda foi de 15,9%, representando 1,7 milhão de pessoas a menos desocupadas.

Por outro lado, o contingente de pessoas ocupadas se manteve estável em 98,4 milhões em relação ao trimestre anterior, mas registrou um aumento de 0,9% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, o que representa 884 mil pessoas a mais ocupadas.

O nível da ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou estável nas duas comparações, estimado em 56,4%.

A taxa composta de subutilização, que engloba os desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial, foi de 18,2%, apresentando uma queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (18,8%) e uma redução de 3,7 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior (21,8%). A população subutilizada também diminuiu, com uma queda de 4,2% em relação ao trimestre anterior e uma redução de 18,5% na comparação anual.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas se manteve estável em 5,1 milhões em relação ao trimestre anterior, mas apresentou uma queda de 23,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Já a população fora da força de trabalho registrou um aumento de 0,6% em relação ao trimestre anterior, o que representa 382 mil pessoas a mais fora da força de trabalho, e um crescimento de 3,6% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, o que representa 2,3 milhões de pessoas a mais fora da força de trabalho.

A população desalentada, que são aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego, apresentou uma queda de 6,2% em relação ao trimestre anterior, representando 244 mil pessoas a menos desalentadas, e uma redução de 14,3% na comparação anual, o que significa 621 mil pessoas a menos desalentadas. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada foi de 3,4%, registrando uma diminuição de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma redução de 0,5 ponto percentual no ano.

Em relação aos tipos de emprego, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado se manteve estável em 36,8 milhões em comparação ao trimestre anterior, mas apresentou um aumento de 3,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, o que representa 1,83 milhão de pessoas a mais com carteira assinada. Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado ficou estável, com 12,9 milhões de pessoas, tanto no trimestre quanto no ano.

O número de trabalhadores por conta própria se manteve estável em 25,2 milhões em relação ao trimestre anterior, mas registrou uma queda de 1,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, representando 437 mil pessoas a menos como trabalhadores por conta própria.

O número de trabalhadores domésticos também ficou estável, com 5,7 milhões de pessoas, tanto em comparação ao trimestre anterior quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O número de empregadores se manteve estável nas duas comparações, com 4,1 milhões de pessoas.

O número de empregados no setor público apresentou um aumento de 2,8% em relação ao trimestre anterior, o que representa 12,1 milhões de pessoas empregadas no setor público, e um crescimento de 3,9% na comparação anual.

A taxa de informalidade, que engloba os trabalhadores informais, foi de 38,9% da população ocupada, o que corresponde a 38,3 milhões de trabalhadores informais. Essa taxa se manteve estável em relação ao trimestre anterior e apresentou uma redução de 1,2 ponto percentual em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior (40,1%).

Em relação aos rendimentos, o rendimento real habitual se manteve estável em R$ 2.901 em comparação ao trimestre anterior, mas registrou um aumento de 6,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual ficou estável em R$ 280,9 bilhões em relação ao trimestre anterior, mas apresentou um crescimento de 7,9% na comparação anual.

No trimestre móvel de março a maio de 2023, a força de trabalho, que engloba as pessoas ocupadas e desocupadas, foi estimada em 107,3 milhões de pessoas, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior e apresentando uma queda de 0,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Em relação aos diferentes setores de atividade, houve um aumento no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com um crescimento de 2,5%, representando 429 mil pessoas a mais nesse setor. Por outro lado, houve uma redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com uma queda de 1,9%, representando 158 mil pessoas a menos nesse setor.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve um aumento nos grupamentos de Transporte, armazenagem e correio (4,2%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,8%), e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,5%). Por outro lado, houve uma redução nos grupamentos de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,2%) e Construção (-3,7%).

Em relação aos rendimentos médios, houve aumentos em todos os grupamentos na comparação anual, com destaque para Alojamento e alimentação (10,7%), Construção (8,6%), e Empregador (17,1%). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

No que diz respeito às posições na ocupação, houve uma redução de 1,7% nos Empregados no setor público em comparação ao trimestre anterior. Porém, na comparação anual, todas as posições apresentaram aumento, com destaque para Empregado com carteira de trabalho assinada (3,8%) e Empregador (17,1%).

Em resumo, os dados do trimestre de março a maio de 2023 indicam uma redução na taxa de desocupação e na população desocupada, bem como um aumento na população ocupada. A taxa de subutilização também apresentou queda, assim como a população subutilizada. Os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado se mantiveram estáveis, enquanto os trabalhadores por conta própria e os trabalhadores domésticos também apresentaram estabilidade. O setor público registrou um aumento no número de empregados. A taxa de informalidade se manteve estável, e os rendimentos apresentaram um crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior.

Joabson João

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

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