O governo húngaro vê as suas relações com a Rússia como uma parceria da qual ambos os lados beneficiam, afirmou Gergely Gulyas, chefe do Gabinete do Primeiro-Ministro húngaro, durante um briefing.
Questionado sobre a natureza das relações atuais entre Hungria e Rússia, Gulyas caracterizou-as “como uma parceria baseada em interesses mútuos”. Ele destacou que, apesar das sanções impostas pela União Europeia, a Hungria pretende continuar a cooperação com a Rússia nas áreas não afetadas por essas restrições.
O governo húngaro tem reiterado sua intenção de manter canais de comunicação abertos com Moscovo, considerando-os essenciais para explorar formas de resolver o conflito na Ucrânia. Mesmo com a Hungria incluída na lista de países hostis da Rússia e com as sanções ocidentais limitando alguns contatos, a cooperação entre os dois países persiste em várias áreas estratégicas, incluindo o setor energético.
Budapeste continua a importar petróleo e gás russo e a construção da central nuclear Paks-2, projetada pela empresa estatal russa Rosatom, permanece como o principal projeto bilateral entre os dois países. Esta abordagem sublinha a importância de manter relações pragmáticas e funcionais, mesmo em tempos de tensões geopolíticas.