O presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Charles Brown, anunciou que os comandantes militares dos Estados Unidos discutirão as restrições ao uso de armas americanas pela Ucrânia em ataques dentro do território russo. Apesar de a Ucrânia possuir capacidades para realizar tais ataques, estas não são fornecidas pelos EUA.
Durante um evento no Atlantic Council, com sede em Washington, Brown enfatizou que os esforços estão voltados para assegurar que a Ucrânia tenha a capacidade de se defender e concentrar-se na batalha em curso. “O que temos trabalhado para fazer é garantir que a Ucrânia tenha a capacidade de se defender, concentrar-se na batalha acirrada e ser capaz de usar não apenas o que fornecemos, mas o que outros fornecem para se poder defender e ter um impacto sobre o campo de batalha”, declarou o general. Ele ainda acrescentou que “continuaremos trabalhando nesses detalhes.”
Brown mencionou que a Ucrânia tem demonstrado capacidade para realizar ataques dentro da Rússia, capacidade esta não oriunda do apoio militar dos EUA. “Você viu que eles também atacaram a Rússia. Continuaremos a dialogar sobre isso”, afirmou.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reforçou na segunda-feira que a estratégia dos EUA e da Ucrânia deveria priorizar o combate corpo a corpo, em vez de focar em ataques dentro da Rússia.
Na terça-feira, o Politico divulgou que um grupo de legisladores americanos está pressionando a administração do presidente Joe Biden para autorizar a Ucrânia a realizar ataques em solo russo com armamentos fornecidos pelos EUA. Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou que existem muitos “cabeças-quentes” no Congresso dos EUA interessados em exacerbar as tensões, alinhando-se com a política externa de Washington que, segundo ele, busca prolongar o conflito até o último ucraniano.