A presidente do Instituto Nacional Eleitoral (INE) do México, Guadalupe Taddei, revelou em uma conferência de imprensa na sexta-feira que um número alarmante de 412 candidatos a diferentes cargos políticos solicitaram proteção ao Estado mexicano. Este aumento significativo, incluindo 129 candidatos locais, reflete o clima de insegurança e ameaças que permeiam a corrida eleitoral em curso.
Com as eleições presidenciais marcadas para 2 de junho, juntamente com um extenso processo para renovar vários outros cargos políticos em todo o país, incluindo cargos senatoriais, deputados federais, governos locais e conselhos municipais, quase 100 milhões de eleitores cadastrados são chamados a votar. No entanto, este exercício democrático é manchado pela violência e ameaças enfrentadas pelos candidatos.
As disputas de poder entre diferentes cartéis do tráfico de drogas contribuem para um ambiente perigoso, onde os políticos se tornam alvos vulneráveis. Durante a atual campanha eleitoral, pelo menos 15 candidatos a diferentes cargos foram assassinados, destacando os riscos enfrentados por aqueles que buscam representar o povo mexicano.
Um evento particularmente chocante ocorreu em 21 de abril, quando um grupo armado interceptou a candidata presidencial do partido no poder, Claudia Sheinbaum, enquanto ela viajava pela rodovia Motozintla, em Chiapas, no sul do país. Este incidente serve como um lembrete sombrio da perigosa realidade que os políticos enfrentam no México, onde a violência política se tornou uma ameaça constante à democracia e à segurança pública.
