Durante uma reunião em Pequim, o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, expressou o apoio de Budapeste à proposta de paz da China para resolver o conflito na Ucrânia. Szijjarto destacou a importância de desviar o foco do discurso político internacional da guerra para a paz, afirmando que qualquer iniciativa nesse sentido é útil.
O comunicado após as conversações ressaltou a necessidade de fortalecer o campo da paz, destacando o apoio mútuo entre China e Hungria nessa questão. Szijjarto, representando o governo húngaro do primeiro-ministro Viktor Orban, criticou a postura de alguns líderes da União Europeia e da OTAN, descrevendo-a como uma “psicose de guerra”.
Desde o início do conflito, a Hungria tem apelado a um cessar-fogo e a negociações para salvar vidas ucranianas, enfatizando que o tempo está a favor da Rússia. A proposta de paz chinesa, emitida em fevereiro de 2023, pede um cessar-fogo, proteção de civis, retomada das negociações de paz e fim das sanções.
Apesar das preocupações expressas pelo Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sobre o apoio da China à Rússia, o Kremlin também endossou a proposta de paz da China, considerando-a a mais razoável até agora para resolver o conflito na Ucrânia. Analistas observam que a posição da China parece favorecer a Rússia, mas alguns sugerem que Pequim busca um equilíbrio delicado entre apoiar a Rússia e defender a paz.