A troca de informações entre Argentina e Chile sobre a presença do Hezbollah na América do Sul ganhou destaque esta semana, revelando preocupações crescentes sobre as atividades do grupo extremista na região. A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, enviou um relatório à sua homóloga chilena, Carolina Tohá, destacando a presença e as ações do partido-milícia xiita libanês na Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai.
O relatório, obtido com exclusividade pelo jornal argentino ‘Clarín’, revela que o Hezbollah expandiu suas atividades para além da Tríplice Fronteira, direcionando-se também para a “tríplice fronteira andina” entre Chile, Peru e Bolívia, além de buscar influência na fronteira marítima entre Panamá, Colômbia e Venezuela. Essa diversificação das operações indica uma ampliação da capacidade de ação do grupo, potencialmente apoiado pelo Irão.
Embora a ministra chilena tenha descrito o relatório como contendo informações “bastante gerais”, ressaltou a importância da troca de informações entre países amigos para monitorar e prevenir ameaças. Este intercâmbio destaca a crescente preocupação dos países sul-americanos com as atividades terroristas e ilícitas na região, especialmente aquelas ligadas a grupos como o Hezbollah, conhecido por suas operações de financiamento e recrutamento em várias partes do mundo.
Diante dessas revelações, espera-se que a cooperação entre os países da região aumente, com medidas adicionais sendo tomadas para monitorar e combater a presença e influência do Hezbollah na América do Sul.
