Com o intuito de auxiliar a performance das atletas em campo, aliando aspectos técnicos, físicos e mentais, a técnica Pia Sundhage incorporou em sua comissão técnica uma psicóloga.
Com o intuito de auxiliar a performance das atletas em campo, aliando aspectos técnicos, físicos e mentais, a técnica Pia Sundhage incorporou em sua comissão técnica uma psicóloga. O trabalho é executado por Marina Gusson, que há dezesseis anos atua na da psicologia esportiva.
A preocupação da parte psicológica é aliada a outros aspectos primordiais para um excelência em campo, como o condicionamento físico e a compreensão tática. A comissão técnica tem trabalho em conjunto na melhor preparação visando os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020 (adiados para 2021).
Marina Gusson passou a integrar a equipe durante os jogos preparatórios diante do México, no Brasil, em dezembro de 2019. De lá pra cá, já são nove meses de trabalho com a comissão técnica e, sobretudo, com as atletas.
“Estar em uma convocação é um ambiente muito propício para criarmos vínculos, porque temos momentos mais informais que permitem um contato mais direto. Então, em um primeiro momento tem a ver com conhecer cada atleta e saber como ela lida com situações de pressão por desempenho e essa necessidade de conhecimento de si mesma. É um gerenciamento tanto das emoções e pensamentos para ter a melhor performance em campo”, conta.
O trabalho não é apenas baseado na conversas individuais com as atletas. Durante as convocações, Marina tem uma série de atividades em grupo para desenvolver aspectos inerentes a psicologia. Ela conta que é importante quebrar alguns estigmas criados em relação ao psicólogo, para que todos compreendam os objetivos do trabalho.
“O trabalho está sendo muito interessante porque é possível conciliar essa percepção de como é o dia a dia de uma convocação, as vivencias em campo, os treinos e os bastidores. Então estar sempre próximas às atletas acaba quebrando essa visão do psicólogo e facilidade a criação do vínculo e a confiança, que é o alicerce da psicologia”, destaca.
O trabalho da psicologia esportiva ajuda também a estreitar as diferenças culturais entre as suecas, a técnica Pia Sundhage e a auxiliar Lilie Persson, com o restante do grupo, como explica Marina Gusson. Além disso, a profissional exaltou
“A Pia tem uma clareza de que criar uma equipe campeã é também ter uma equipe fisicamente, taticamente e tecnicamente fortes, isso é importante, mas não basta. Ela legítima muito o trabalho, ela ouve, pede os feedbacks, considera o que a gente traz na construção de treinamento. Em relação a questão cultural, a psicologia também tem ajudado muito para ela (Pia) entender as diferenças da cultura sueca para a brasileira”, ressalta.
Foto: Thais Magalhães/CBF
Fonte: CBF
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