Religiosidade

Insights Eclesiásticos – Jesus realmente suou gotas de sangue no Getsêmani?

Na oração do Getsêmani, Jesus transpirou sangue?

DA SÉRIE: INSIGHTS ECLESIÁSTICOS

Jesus derramou sangue antes da Cruz? Sim e não. Depende.

Comece por pensar que Jesus, como ser humano perfeito, tinha sangue correndo em Suas veias.

Suas funções bio e fisiológicas eram de gente. Também poderia, vez por outra, ter pequenos ferimentos e derramar sangue ao longo de Sua vida, principalmente por causa de Seu ofício de carpinteiro. Quando uma criança cai e se machuca, sai sangue! Não seria diferente com Jesus!

Mas, provavelmente, o leitor esteja focalizando a questão do Getsêmani (Γεθσημανή, ou, transliterado aos caracteres latinos, Gethsēmani).

Alguns afirmam que ali Jesus teria derramado gotas de sangue. Isso é verdadeiro? Como podemos provar o “sim” ou o “não”, sem “achismos”?

Escolas, correntes doutrinárias humanas ou nossas opiniões particulares possuem o mesmo peso das Escrituras? Alguns acham que doutrinas de homens e doutrinas bíblicas são a mesma coisa. Isso é verdade? Há diferença?

Comecemos por compreender quem era Lucas, o único evangelista que narra a ocorrência do suor como gotas de sangue na oração do Getsêmani.

Dr. Lucas não era apóstolo (requisito próprio daqueles que foram chamados, caminharam, viram e ouviram pessoalmente o Mestre, cf. At. 1:21-22; Lc.6:12-16). Também não estava no grupo inicial dos discípulos de Jesus.

Nascido em Antioquia da Síria, Lucas possuía ascendência nobre. Isso lhe permitiu adquirir cultura, sabedoria, dedicar-se ao estudo e conhecimento das ciências e artes. Para isso, desde jovem lhe foi necessário viajar por diversas regiões e províncias, com o propósito de saciar a sede comum aos que se lançam à profissão da medicina. Ele tinha domínio pleno do grego, além de conhecer o hebraico e sírio, por seu local de nascimento e infância.

Como pesquisador e cientista daquela época, Dr. Lucas era exímio escritor; suas palavras anotadas eram minuciosamente bem escolhidas e colocadas.

Com esse currículo, tornou-se redator do Evangelho que leva seu nome. Em modus operandi acadêmico não se vacila nas declarações. Vejamos como ele mesmo se esmera no falar e apresenta seu trabalho investigativo e escriturístico:

“Portanto, Excelência eu estudei com todo o cuidado como foi que essas coisas aconteceram desde o princípio e achei que seria bom escrever tudo em ordem para o senhor” (Lc.1:3 – NTLH).

Imagem da página inicial do Evangelho Segundo Lucas, o doutor Lucas

Com esse background, sendo investigador e cuidadoso (único a relatar essas minúcias do episódio), o próprio Doutor Lucas JAMAIS afirmou que Jesus derramou gotas de sangue, mas sim que “o Seu suor se tornou COMO gotas de sangue” (Lc.22:44). Aí então, percebemos que pequenos detalhes fazem toda a diferença!

Vamos investigar um pouco mais profundamente esse mesmo texto, nas diversas versões oficiais, línguas originais e línguas posteriores? Traduções do autor.

Língua Portuguesa:

“Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente; e o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão” (Lc.22:44 – NVI – Nova Versão Internacional)

“E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão” (Lc.22:44 – ACF – Almeida Corrigida Fiel)

“E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão” (Lc.22:44 – AA – Almeida Revisada Imprensa Bíblica)

“E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc.22:44 – ARA – Almeida Revista e Atualizada)

“Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra” (Lc.22:44 – VC – Versão Católica)

Grego de origem:

“και γενομενος εν αγωνια εκτενεστερον προσηυχετο εγενετο δε ο ιδρως αυτου ωσει θρομβοι αιματος καταβαινοντες επι την γην” (Lc.22:44 – TR – Textus Receptus) – “E o a angústia da oração tornou-se mais intensa, e sua transpiração como que coágulos de sangue descendo na terra”

Grego moderno:

“Και ελθων εις αγωνιαν, προσηυχετο θερμοτερον, εγεινε δε ο ιδρως αυτου ως θρομβοι αιματος καταβαινοντες εις την γην” (Lc.22:44 – MG – Modern Greek) – “E Ele entrou em agonia, orando com mais fervor, e sua transpiração como coágulos de sangue descendo para a terra!

Espanhol:

“Y estando en agonía, oraba más intensamente: y fué su sudor como grandes gotas de sangre que caían hasta la tierra” (Lc.22:44 – RV – Reina Valera) – “E, estando em agonia, orava mais intensamenet: e seu suor foi como grandes gotas de sangue que caiam até a terra”.

Italiano:

“Ed essendo in agonia, egli pregava vie più intensamente; e il suo sudore divenne come grosse gocce di sangue che cadeano in terra” (Lc.22:44 – IRV – Italiano Riveduta) – “E estando em agonia, Ele orava ainda mais intensamente; e seu suor tornou-se como graúdas gotas de sangue que caíram na terra”.

Inglês:

“And being in an agony he prayed more earnestly: and his sweat was as it were great drops of blood falling down to the ground” (Lc.22:44 – KJ – King James Version) – “E estando em agonia, Ele orava ainda mais fervorosamente: e sua transpiração era como se fossem grandes gotas de sangue caindo no chão”.

« And being in conflict he prayed more intently. And his sweat became as great drops of blood, falling down upon the earth » (Lc.22 :44 – DB – Darby Bible) – “E estando em conflito, Ele orava ainda mais intensamente. E sua transpiração tornou-se como grandes gotas de sangue, caindo sobre a terra”.

Francês:

« Etant en agonie, il priait plus instamment, et sa sueur devint comme des grumeaux de sang, qui tombaient à terre. »  (Lc.22 :44 – LSG – Louis Segond) – “Estando em agonie, Ele orava com mais intensidade, e seu suor tornou-se como grumos de sangue, que tombavam (caiam / baixavam) à terra”.

Latim:

« Et factus est sudor ejus sicut gutt sanguinis decurrentis in terram » (Lc.24 :44 – CLVUL – Clementine Vulgate) – “E o suor produzido era como gotas de sangue caindo na terra”.

O estudante da Bíblia mais profundo e sério, o exegeta, não é aquele que examina as entrelinhas, mas aquele que examina as próprias linhas. O que está contido nas linhas tem que ser levado a sério; não está ali por mero acaso. O que não consta das linhas também não deve ser alvo de discussões ou interpretações dogmáticas, pois se Deus quisesse, Ele mesmo faria constar das linhas.

Existem várias figuras de linguagem, e uma delas chama-se metáfora, também intercambiável com símile. Neste caso, trata-se de uma metáfora para indicar a forma incrível como Seu suor escorria pelo corpo, como que brotando aos jorros.

Quando temos um ferimento, sabemos a forma como o sangue é liberado. O volume é intenso. Suor geralmente não escorre dessa forma. No entanto, o escritor sagrado quer enfatizar a agonia do Senhor, dando-nos o detalhe de como até Seu suor era derramado de forma intensa, “como gotas de sangue caindo sobre a terra”.

A ênfase está no suor, não no sangue. Veja que aqui não estamos ensinando nenhuma heresia, pelo contrário, estamos querendo fugir delas.

As ferramentas de interpretação têm que ser coerentes em qualquer texto bíblico. Não se pode interpretar um texto pendendo para um lado, e outro texto pendendo para outro.

Não se interpreta a Bíblia usando um peso e várias medidas.

Dizer que o suor tornou-se literalmente em sangue, seria tão grave quanto dizer que “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas […]” (Sl.1:3), que o ser humano apegado a Deus torna-se exata e literalmente em vegetal, com arbustos, galhos, folhas e frutos. Novamente, não podemos usar medidas diferentes para mesmo peso!

Metáfora é uma comparação em que um elemento imita ou representa outro (sendo que os dois são essencialmente diferentes). Em uma metáfora, a comparação está implícita, ao passo que num símile é visível.

Uma pista para identificar uma metáfora é que os verbos “ser” e “estar” sempre são empregados.

Vejamos:

“Toda a carne é COMO a erva” (Isaías 40:6). Um símile sempre traz a conjunção “como”, ou outras.

O Senhor disse para Jeremias: “O Meu povo tem sido ovelhas perdidas” (Jr.50:6).

O Senhor comparou seus seguidores ao sal: “Vós sois o sal da terra” (Mt.5:13). Eles não eram sal de verdade; estavam sendo comparados ao sal.

Quando Jesus afirmou: “Eu sou a porta” (Jo.10:7-9). “Eu sou o bom pastor” (v.11-14) e “Eu sou o pão da vida” (6:48), Ele estava fazendo comparações. Em certos aspectos, Ele É SEMELHANTE A uma porta, SEMELHANTE A um pastor e SEMELHANTE A um pão. O leitor é levado a pensar de que forma Jesus assemelha-Se a tais elementos.

Tomemos cuidado com as figuras de linguagem, antes de qualquer interpretação bíblica. Nosso assunto aqui NÃO pode ser tomado de forma literal, senão, teremos que usar a mesma regra para outros textos.

Em Josué 7:5, lemos: “e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.” Por acaso, o coração do povo teria se derretido e se tornado literalmente em H2O? Claro que não. O texto diz “como” água. Ou seja, à semelhança de água, e não exatamente água. A comparação é clara quando percebemos que os homens valentes, que se preparavam firmemente para a guerra, agora estavam amolecidos, à semelhança de derretimento.

Que diremos então de Isaías 13:7? Leiamos: “Pelo que todos os braços se tornarão frouxos, e o coração de todos os homens se derreterá”. Como as pessoas poderiam continuar vivas com o coração derretido?

Ademais, gotas de sangue significam uma coisa. Gotas do suor vertidas na quantidade e velocidade como sangue (à semelhança de…), significam outra coisa!

Como visto, no texto grego consta, ipsis literis: “de o hidron autou ósei thromboi haimatov”, que, traduzido ao pé da letra, seria, “a transpiração dele mesmo era como se, por assim dizer, gotejamento sanguíneo (ou transpiração semelhante a uma hemorragia)”.

A título de curiosidade, a palavra “agonia”, no texto, é uma transliteração, ou seja, abrasileirou-se o termo “agonia” que é total e originalmente grego, sem qualquer tradução, mas apenas trocando pelas letras de nosso abecedário (alfabeto também é usado, mas remonta mais a alfa, beta, gama, delta, etc.). 

Idem para o inglês. Quanto a thrombos  (gotas) e hematon (sangue) são termos científicos utilizados até hoje, de onde derivam trombose e hemostasia, patologias opostas entre si, além de tromboflebite, hemofilia, hemorragia, hemodiálise, etc.

No entanto, o termo decisivo não é nenhum, nem outro, mas, sim, ósei (ou ósan). Essa partícula aparece também na Segunda Carta de Paulo aos Coríntios (2Co.10:9): “para que não pareça ser meu intuito intimidar-vos por meio de cartas”. Ou seja, trata-se daquilo que “parece ser”, não que o seja de fato, qualquer que seja o elemento de comparação.

A versão inglesa (AV – Authorized Version) não deixaria esse tipo de dúvidas aos seus leitores, visto que consta “and his sweat was as it were great drops of blood” (e Seu suor era como se fossem grandes gotas de sangue).

Lucas, em sua meticulosidade científica, como médico e pesquisador que era, seria explícito ao denominar uma hemorragia ou coisa parecida, se o fosse, utilizando-se dos nomes científicos conhecidos em sua época.

Como podemos afirmar isso? Era comum Dr. Lucas se referir a patologias, sintomas, sinais e quaisquer ocorrências físicas, de modo diferente dos demais Evangelhos, sinópticos, de Mateus e Marcos, e o autóptico, de João. E.g., Lucas não diz “barriga d´água”, mas faz questão de registrar um “portador de hidropsia” (Lc.14:2); usa o termo “diferentes moléstias” (Lc.4:40); não diz leproso, mas “coberto de lepra” (5:12); anota “esquife” [termo técnico] (7:14); espírito de enfermidade [psique inclinada a doenças, já que na ausência de medicina psiquiátrica, eram os termos técnicos da época] (13:11).

No livro de Atos, de sua mesma autoria (Lucas e Paulo são os dois maiores produtores textuais Novo Testamento), quando do naufrágio e acolhida na ilha de Malta, no famoso episódio da cobra entre os gravetos, Lucas, redator do livro, é minucioso em diferenciar os termos técnicos.

Em grego, ele narra que o pai de Públio foi curado MILAGROSA E INSTANTANEAMENTE por intermédio de Paulo, no ato de impor as mãos “επ’ αυτον τας χειρας και ιατρευσεν αυτον” (At.28:8). Quando fala de si mesmo, porque pessoas souberam do ocorrido e vieram apresentar suas doenças, Lucas diz que os outros doentes da ilha ERAM TRATADOS E CURADOS, DE FORMA TERAPÊUTICA (εθεραπευοντο·) E CLINICAMENTE POR ELE – προσηρχοντο και εθεραπευοντο· (At.28:9).

Ou seja, para Lucas, termos técnicos são importantes e distintivos: milagre é milagre, tratamento clínico é tratamento clínico.

João não conta a história do Getsêmani.

Hebreus. Se é verdade que o escritor sagrado aos Hebreus pretende ligar seu argumento ao Getsêmani, então devemos levar a sério o limite do que ele mesmo diz: sinal físico de lágrimas, nada mais!

Ele, Jesus, nos dias da Sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a Quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da Sua piedade.

Hb.5:7 (grifo nosso)

Alterações dos copistas também podem ser conduzidas pelo Espírito Santo. Quem somos nós para questionar a Mão divina. Mesmo assim, o copista sagrado não diz que “se tornou gotas de sangue”, mas, sim, que “se tornou COMO gotas de sangue”.

Outros textos bíblicos também nos fazem lembrar o fato de que nem tudo é tão literal como pensamos, e.g., Lm.1:1, quando diz que Jerusalém “tornou-se comoviúva” (Deus teria morrido?). Ou em Lm.2:5 “Tornou-se o Senhor como inimigo…”. Ele não era, mas agiu como se fosse. Ou seja, coisa aparente, mas não literal. Era o que se via ao olhar.

Em suma, seja como for, tomemos cuidado, não apenas com este texto, mas com todos os demais, pois “se tornou como…” significa uma coisa, enquanto “se tornou em…” significa outra.

Cromidrose (produção de suor colorido pelas glândulas sudoríparas écrinas ou apócrinas) não é o caso, hematidrose (quando as veias capilares debaixo das glândulas sudoríparas se rompem e fazem com que o sangue se misture ao suor – fenômeno ligado a grande estresse emocional), também não condiz com o texto grego original, por mais que as circunstâncias se atraiam, e por mais que seja nosso desejo de fazer caber uma situação dentro de outra.

Hiperidrose (produção excessiva de suor) é o mais coerente na narrativa de Lucas. O médico sagrado, cuidadoso nas terminologias gregas, não coloca o foco da questão da constituição do que era vertido, mas sim no volume, face à absurda forma como a transpiração de Cristo jorrava. Isso somente poderia ser comparado com a situação quando o corpo humano é ferido, e sangue se derrama. É essa quantidade de derramamento sanguíneo que o Dr. Lucas usa de comparação para explicar como o suor de Jesus vertia, escorria, pingava ao chão de maneira totalmente incomum.

Lucas não está preocupado em nos dizer O QUÊ era vertido, mas DE QUE FORMA era vertido!

Temos dificuldade em aceitar o fato de que não importa se um cristão famoso concorda ou não com isso.

Também não importa se um médico ou qualquer celebridade acredite de forma diferente.

Conheço médicos cristãos que são humildes o suficiente para solicitar esclarecimentos teológicos! Até muitos desses grandes doutores sabem que a ciência não trás conhecimento das coisas lá do alto, apenas as confirma.

Conhecimento científico pode corroborar, mas jamais determinar fatos do mundo espiritual.

Uma das regras de ouro da Hermenêutica preconiza que texto fora de contexto é pretexto. Outra regra é que, em havendo dúvidas sobre a literalidade de determinado texto bíblico, deve-se buscar referências correlatas antes se produzir interpretações.

O que importa não é o que fulano ou beltrano disseram ou acreditam: O importante é o que o texto diz! PONTO!

Ainda que alguém se contorça (inutilmente) para oferecer as mais adulteradas interpretações baseadas em pesquisas x, y, z, confirmando (literalmente impossível depois do que vimos) que as gotas da transpiração de Jesus no Getsêmani eram não apenas intensas, como o fluir um sangramento, mas que, muito além disso, haviam se transformado, de fato, na essência de sangue, cabe a pergunta: Que valor teria isso para a salvação, uma vez que a missão de Cristo tinha como alvo o sacrifício de morte e morte de cruz?

Para sermos ainda mais simples e objetivos, de que valeriam as várias e várias vezes em que Jesus lesionou Suas mãos com as ferramentas de carpinteiro, na companhia de Seu pai, José?

Qual seria o valor soteriológico das incontáveis vezes em que o menino Jesus acidentou-Se e foi ao chão (principalmente sobre o solo irregular, de cascalhos e tropeços da época)?

Em suma: Amados, discutir isso não é importante. Fazer teologia humana em cima disso, menos ainda.

Aliás, esta reflexão tem por objetivo exatamente isso: não criar doutrinas humanas em fatos que não sejam doutrinas das Escrituras. Por isso, não podemos dar continuidade a ideias tradicionais ou incoerentes.

O que importa é que Jesus Cristo derramou Seu precioso sangue na cruz do Calvário para pagar o preço do resgate das nossas vidas, e que, parafraseando Paulo, pela Graça é que somos salvos, mediante a fé. E, sequer isso vem de nós, é dom de Deus! Não provém de nós, para que ninguém se aproxime de Deus, hoje ou em qualquer tempo, e se glorie ou requeira espaço com o Altíssimo por méritos próprios.

Jamais se poderá exigir algo de Deus, seja por atos próprios, por guarda de dietas, dias, luas; por ter levantado a mão, por participar da igreja a, b ou c; por ter sido batizado; por cantar no coral; por dietas, guardade de dias e rituais; por ser bom o suficiente (e nunca é o suficiente); por ter sido ministro, pastor, padre; por nada, caso contrário, o sacrifício substitutivo na Cruz do Calvário teria sido inútil, se dependesse de nossa “ajudinha”.

É claro que não se diz aqui sobre ausência de valor de todas essas coisas. Elas servem para demonstrar quem já é de Deus, não para conquistá-Lo, nem pleitear com o Eterno qualquer “cantinho no céu”. A obra é dEle.

SOLI DEO GLORIA!

Aí estão os fatos. Agora você já pode tirar sua própria conclusão!


“Huic omnes prophetae testimonium perhibent” (At 10, 43) — Todos os profetas dão testemunho d’Ele.


Bordão do autor: Polêmico? Talvez, para algumas pessoas e suas teorias. Por vezes, a polêmica é necessária para nos tirar da zona de conforto. A passividade intelectual é ingresso para escravidão. Malicioso? Jamais! Apenas tratamos com uma abordagem sincera e franca, reavaliando pontos da “tradição humana”. Não Julgue. Se os argumentos que norteiam suas práticas eclesiásticas forem convincentes, eles, por si mesmos, sobreviverão! As questões, abordagens e arrazoados são nossos. As conclusões, consciência e convicção, devem ser suas. É do interesse de Deus que vivamos por conclusões próprias (Rm.14:5b), evoluindo o pensamento (Rm.12:2; Ef.4:23), arrazoando sempre (Is.1:18), enfim,  “Repensando a Tese”. Se amanhã tivermos que, humildemente, mudar de opinião, não vejo nenhum problema nisso, desde que através de argumentos sólidos, despidos de toda falácia humana, por convicção e convencimento divino, baseado na plenitude das Escrituras, jamais por tirania, status quo, conveniência ou imposição de grupo.


Carpe diem. Frui nocte!

Envie para quem você ama!

⁞Ð.β.⁞

Insights Eclesiásticos e Bornal de Pérolas fazem parte das publicações de Dan Berg, em diversos meios e periódicos, desde 2003. © Copyright: Todos os direitos reservados ao autor, mormente a preservação do contexto.

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