News

Manifesto Monárquico de Itu – 2019 “Amplior et liberior per me Brasilia”

Há precisamente 130 anos, no fatídico dia 15 de novembro de 1889, um golpe promovido no Rio de Janeiro por uma pequena minoria de civis e militares derrubou o Império brasileiro, o qual – na frase de um diplomata hispano-americano sediado no Brasil – constituía na verdade a única autêntica democracia de toda a América do Sul.

Desde então o Brasil tenta em vão acertar seus passos em trilhas que não lhe convêm, porque afastadas daquelas que desde 1500 vinha seguindo, de início sob a égide da Ordem de Cristo e dos Reis de Portugal e, mais tarde, desde a Independência, sob a égide do ramo brasileiro da Casa de Bragança.

Até 1889, apesar das dificuldades e percalços que nunca faltaram, nosso caminhar histórico seguiu em frente. A emancipação dos escravos, ocorrida em 1888, já anunciava os primeiros clarões do que seria o Terceiro Reinado. A Princesa Isabel, que após o falecimento de seu Pai se tornaria a Imperatriz D. Isabel I, tinha projetos grandiosos para nosso país. Tais projetos incluíam uma inteligente e justiceira integração social e econômica dos ex-escravos na posição de dignidade a que tinham direito; a adoção do sistema federativo, cuja necessidade desde a década de 1860 já era manifestada pelo Imperador D. Pedro II; e uma reforma do sistema eleitoral, para a qual, igualmente, o monarca já apontara nas instruções que deixou escritas para sua Filha quando esta, pela primeira vez, assumira a
Regência do Império.

Um Terceiro Reinado sob o cetro isabelino marcaria para nosso País, segundo esperavam os mais argutos e patrióticos brasileiros, uma era de esplendor e glória similares à que a Rainha Vitória vinha assegurando à monarquia britânica. Propensa, pela formação cristã e pela índole feminina, a exercer o Poder Moderador de modo não contraditório, mas sem dúvida diferenciado de seu Pai, D. Isabel teria conseguido que o Brasil prosseguisse, dentro do regime monárquico constitucional que então nos regia, seu caminhar histórico nas vias da Civilização Cristã, enfrentando as incertezas e vicissitudes do século XX que então se aproximava.

Infelizmente, o golpe de 15 de novembro de 1889 frustrou a realização desses planos e desviou nossa rota. Seguiram-se 130 anos de sucessivas Constituições, de golpes de estado, de ocasionais ditaduras, de incertezas na economia e decadência na vida cultural. O Parlamento do Império, verdadeira escola de estadistas, foi decaindo até chegar à triste condição em que está em nossos dias. Nosso povo continua ordeiro, pacífico, trabalhador, cheio de potencialidades e de fé no futuro cristão do Brasil, mas frequentemente suas equipes governantes têm estado bem afastadas – para dizer pouco – do ideal que seria de se esperar delas.
O golpe de 1889 foi precedido – por uma triste ironia da História – pela convenção republicana realizada em 1873 precisamente nesta cidade de Itu, que até então se orgulhava do bem merecido título de Fidelíssima, que lhe fora outorgado oficialmente pelo Imperador D. Pedro I, em 17 de março de 1823, e que até hoje ostenta com ufania, no seu brasão de armas, o belo dístico latino ”AMPLIOR ET LIBERIOR PER ME BRASILIA” – Por mim o Brasil se tornou maior e mais livre.

Apesar da triste lembrança da convenção que abrigou em 1873, Itu continua hoje fiel ao seu passado glorioso, do qual jamais esqueceu. É, pois, nesta fidelíssima Cidade que hoje nos dirigimos a todos os nossos compatriotas, aqui nos reunindo em “Convenção Monárquica”, para a assinatura do presente documento, o qual foi elaborado por uma comissão de notáveis Monarquistas.

Voltemos os nossos olhos para o passado, com espírito crítico e sereno e, sem ressentimentos nem mágoas, procuremos dele extrair lições para o presente e para o futuro. Trabalhemos, nas vias da legalidade institucional e sem a baixeza de recorrer a golpes como o de 1889, para que nosso Povo, esclarecido e atuante, exija de seus representantes legais a convocação de um novo Plebiscito realmente livre e isento, no qual nosso Povo possa realmente se pronunciar, sem os casuísmos que macularam de inautenticidade o Plebiscito de 1993, acerca da forma de governo que nos deve reger. Chamamos a todos os brasileiros e patriotas de bem, para juntos resgatarmos o Brasil e a dignidade dos brasileiros, e assim recuperarmos no concerto das grandes Nações a posição que nos compete. Que Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, guardem o Príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial. E que abençoem nossa Pátria e as famílias de todo o Brasil.

Saber mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Putin recebe a medalha da amizade na China Lula vs Bolsonaro nas redes O Agro é o maior culpado pelo aquiecimento global? Países baratos na Europa para fugir do tradicional O que é a ONU Aposente com mais de R$ 7.000 morando fora do Brasil Você é Lula ou Bolsonaro O plágio que virou escândalo político na Noruega Brasileira perdeu o telefone em Oslo Top week 38