Em uma entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, apontou diretamente para a OTAN como tendo uma responsabilidade direta pela crise ucraniana, instando a aliança a refletir sobre seu papel e tomar medidas eficazes para uma solução política.
“A OTAN tem uma responsabilidade indiscutível por esta crise”, declarou Wang, enfatizando a necessidade de a aliança interromper a transferência de culpa e se envolver ativamente na resolução política do conflito.
Wang também destacou que a China não fornece armas às partes em conflito na Ucrânia e mantém um controle estrito sobre bens de dupla utilização, incluindo a exportação de drones.
Ele revelou que mais de 60% dos componentes de armas e itens de dupla utilização importados pela Rússia vêm dos Estados Unidos e de países ocidentais, enfatizando que a cooperação comercial e econômica entre Rússia e China é normal e aberta.
As declarações de Wang surgem em meio a alegações anteriores do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, de que a China estava fornecendo imagens de satélite à Rússia e que 90% dos microeletrônicos importados pela Rússia em 2023 vieram da China. Essas trocas de acusações destacam a complexidade e a tensão nas relações geopolíticas globais, especialmente em relação à crise na Ucrânia.