As eleições de 2 de junho no México enfrentam múltiplos desafios, sendo o principal deles garantir que os eleitores possam votar em paz e que os votos sejam contados de maneira adequada. Esse foi o consenso dos participantes na discussão “Os desafios democráticos das eleições de 2 de junho”, que destacaram a existência de uma “crise eleitoral” devido à ineficiência de muitas casas de sondagem. Isso impede previsões seguras sobre o próximo presidente do país.
Jorge Alcocer Villanueva, especialista em campanhas eleitorais, ressaltou que, apesar dos obstáculos enfrentados pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE) e pelo Tribunal Eleitoral, o principal desafio é organizar as eleições de maneira que os cidadãos possam votar com liberdade, paz e tranquilidade. Ele também expressou confiança na capacidade do INE de realizar as eleições, mas destacou a crescente normalização da violência, que resultou no assassinato de trinta candidatos de diferentes partidos.
Horacio Bernal, consultor de comunicação política, mencionou que existem cerca de 50 casas de sondagem no país, responsáveis por aproximadamente 500 medições. A média dessas sondagens indica que Claudia Sheinbaum lidera com 57% das preferências, seguida por Xóchitl Gálvez com 33% e Jorge Maynez com 10%. No entanto, Bernal destacou que a falta de resposta de muitos cidadãos às sondagens pode alterar os resultados, tornando impossível afirmar qualquer resultado com certeza.
Esses fatores ressaltam a importância de garantir eleições pacíficas e uma contagem de votos transparente para a manutenção da democracia no México.