Independentemente das opiniões sobre o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sua mensagem permanece consistente e direta: a Hungria busca manter sua identidade nacional e se recusa a adotar uma “sociedade mista”. Essa foi a mensagem reiterada por Orbán durante sua participação na Conferência Nacional do Conservadorismo (NatCon) em Bruxelas nesta quarta-feira.
“A Hungria não deseja uma sociedade mista, mas sim proteger suas fronteiras e preservar sua cultura e tradições”, afirmou Orbán, enfatizando que cada Estado-membro tem o direito de decidir independentemente como lidar com a questão da imigração.
Orbán argumentou que não há necessidade de uma política migratória comum da União Europeia, pois a questão da imigração deve permanecer como uma competência nacional. Ele destacou que, em sua visão, a imigração é uma questão de civilização e defendeu que aqueles com pedidos de asilo pendentes devem esperar fora das fronteiras.
O líder húngaro ressaltou a importância de se manter a integridade das fronteiras, afirmando que a passagem ilegal da fronteira não é um direito humano, mas sim um crime. Para Orbán, a imigração descontrolada não resolve os problemas e pode ameaçar a identidade cultural da Europa, especialmente considerando as diferentes origens culturais dos imigrantes.
Orbán destacou que cada país deve ter o direito de decidir sobre seu próprio futuro cultural, sem ser coagido por ideologias externas. Ele criticou a pressão da União Europeia sobre os governos conservadores e a transformação da Comissão Europeia em um ator político, ao invés de um guardião dos tratados da UE.
O discurso de Orbán reflete as preocupações da Hungria em manter sua identidade nacional e cultural em meio a mudanças demográficas e pressões migratórias. Ele reafirmou o compromisso de seu governo em proteger a soberania nacional e promover políticas que fortaleçam as famílias e a coesão social.