A Câmara dos Deputados argentina concedeu uma aprovação parcial à polêmica lei omnibus, desencadeando protestos significativos contra as medidas econômicas impulsionadas pelo Governo de Javier Milei. Apesar do avanço, o projeto ainda enfrenta o desafio de ser debatido artigo por artigo durante a próxima terça-feira.
A medida foi aprovada com 144 votos a favor, contando com o apoio de partidos como La Libertad Avanza, Propuesta Republicana (PRO), Unión Cívica Radical (UCR) e We Make the Federal Coalition (HCF). No entanto, 109 deputados expressaram oposição, destacando a polarização em torno do projeto, como reportado pela agência de notícias Télam.
A aprovação exigiu concessões por parte do Governo, incluindo a renúncia a vários artigos, incluindo os fiscais, uma ação anunciada pelo ministro da Economia, Luis Caputo, no final de semana. Além disso, houve ajustes no plano de privatização de uma empresa.
A redução das condições para a declaração de situação de emergência pública de onze para seis foi uma das modificações, eliminando as condições de defesa e saúde, mas mantendo as relacionadas à economia, finanças, segurança, tarifas, energia e administração.
Em resposta à aprovação parcial, a Presidência argentina emitiu um comunicado, afirmando que “a história lembrará com honra todos aqueles que compreenderam o contexto histórico e optaram por acabar com os privilégios de casta e da república corporativa em favor do povo”. Além disso, destacou a esperança de que o mesmo nível de grandeza seja mantido durante a votação final da lei no Senado, visando, assim, restabelecer a dignidade do povo argentino. O comunicado enfatizou a visão do governo para o país, indicando que o caminho viável é o da liberdade, trabalho e ordem.