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Repensar a Educação: Desafiando Modas e Retomando o Rumo

Formação intelectual e cultural

Modas, tópicos e lugares-comuns têm gradualmente se infiltrado no cenário educacional, desviando a atenção do verdadeiro propósito da escola. Muitos afirmam que memorizar informações tornou-se obsoleto na era do Google, enquanto outros propõem que os alunos devem construir seu próprio caminho de aprendizagem, relegando o papel do professor a mero acompanhante. Ainda, há a insistência de que estamos preparando jovens para empregos que ainda nem existem, sublinhando a importância de habilidades genéricas em detrimento de conhecimentos específicos.

Contudo, surge uma voz dissidente na figura da renomada educadora sueca, Inger Enkvist. Em sua obra “Repensar a Educação“, disponível em formato Flipbook na Duna Press, Enkvist desvela a caixa de Pandora que guarda as controvérsias educacionais, em uma instigante conversa com a jornalista Olga R. Sanmartín. Partindo da necessidade de compreender as causas do elevado abandono escolar – principal desafio do sistema educativo espanhol – ambas exploram questões que geram acalorados debates na educação contemporânea.

Uma das críticas centrais de Enkvist recai sobre a tensão entre o modelo inclusivo e o diferenciado, a equidade versus qualidade, o público contra o privado, as competências autonômicas frente ao currículo nacional, o laicismo em contraposição ao direito dos pais em escolher a educação de seus filhos, e o embate entre o tecnológico e o tradicional.

A educadora sueca, desafiadora, insta os profissionais da educação a seguir o exemplo dos países asiáticos, que rapidamente alcançaram os primeiros lugares em todos os indicadores internacionais de qualidade. Enkvist nos encoraja a abandonar a tentação de ceder aos encantos da Nova Pedagogia e a retornar a abordagens que têm se mostrado eficazes.

Ao mergulhar na leitura de “Repensar a Educação”, somos instigados não apenas a ponderar sobre as atuais práticas educacionais, mas também a reavaliar nosso papel como educadores e o destino da educação como um todo. Enkvist nos desafia a questionar as tendências, os temas superficiais e os clichês que gradualmente se infiltraram no panorama educacional, desviando a atenção do verdadeiro propósito da escola. Enquanto alguns argumentam que a mera memorização de informações tornou-se obsoleta na era do Google, outros propõem que os alunos devem forjar seu próprio caminho de aprendizado, relegando o papel do professor a uma mera figura de acompanhamento. Além disso, persiste a ideia de que estamos preparando jovens para ocupações que ainda não surgiram, enfatizando a importância de habilidades gerais em detrimento de conhecimentos específicos. Diante dessas modas passageiras, surge a necessidade premente de adotarmos uma abordagem mais sólida, inspiradora e eficaz para preparar as próximas gerações. Convido-o a explorar as reflexões contidas neste livro e embarcar junto conosco nessa jornada de reflexão e transformação educacional.

Ler: Repensar a Educação

Repensar a Educação analisa por que o homem necessita da educação, como esta se desviou durante a metade do último século, e o que deveria ser feito para que voltasse a ser vista de forma positiva. Nas últimas décadas, a política e a ideologia conquistaram a escola através de uma série de teorias que não tem como finalidade a aquisição do conhecimento, apenas a transformação da sociedade. O que se chama de crise da educação é a consequência lógica de impedir que a escola desempenhe sua função de instituição de ensino, e de dar a ela uma série de tarefas além das de sua natureza. Este livro chama a atenção de pais de alunos, professores, políticos, jornalistas e do mundo acadêmico acerca destas questões. “É função dos adultos transmitir o legado da civilização aos seus descendentes, pois não se absorve isso automaticamente. Como diz Inger, ‘Em nenhuma ocasião histórica sobreviveu um grupo que não tenha sido capaz de formar a geração que lhe sucedia’. Mas será que as novas gerações estão sendo bem formadas? Ou estariam elas, em nome de uma pretensa ‘liberdade’ plena, sendo deformadas? O que vemos em quantidade cada vez maior são adolescentes indisciplinados, rebeldes, agressivos, e com péssima formação intelectual e cultural. A ausência de limites é a marca registrada da geração que merece a alcunha de ‘mimimi’, pois, mimada ao extremo, confunde desejos com direitos. Afinal, ‘um jovem que não entende o conceito de limite se torna insolente e insuportável’.” – Prefácio de Rodrigo Constantino.


Ver também: Crianças em Perigo

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