Definitivamente um episódio sangrento. Temos de perguntar para George R. R Martin por que ele adora destruir festas de casamento. O episódio 1X5 de House of The Dragon foi exatamente como eu imaginei, cheio de sangue, e o fogo, ficou por conta das paixões e ódios não revelados.
De cara logo na primeira cena temos um assassinato, Daemon que não tem nada de bom moço… – Aliás, vamos colocar os pontos nos “is”. Ninguém é totalmente bom ou péssimo no mundo de House of The Dragon, todos estão agindo conforme seus interesses e para manter poder e casas. – Ele volta a Runestone e se encontra de surpresa com Rhea Royce sua esposa, uma personagem forte e senhora de sua casa. E finaliza o casamento colocando literalmente uma “pedra” no assunto, ele está se libertando de tudo para ficar com Rhaenyra, sem falar que agora é o único herdeiro do castelo no Vale. Ele está garantindo o caminho até o trono de ferro.
– O rei deveria ter fortalecido sua linhagem como os demais de sua casa, casando o irmão com sua filha. – Isso teria evitado tudo que está por vir. – Calma, não me julguem, isso é feio o imortal em nosso mundo e realidade, para os Targaryen é normal.
Só que Daemon está jogando sozinho sem planos, com fichas soltas, sem o apoio de Rhaenyra, que ele aparentemente no 4 episódio esnobou, ou fugiu de medo de falhar. – Prova disso o rei ter ido pessoalmente aos pés de Corlys Velaryon engendrar o casamento entre as suas casas. Ele, o rei está visivelmente enfraquecido. E Rhaenys e Corlys são fortes e ricos, poderosos e sabem jogar, apesar dos excessos. A aliança sai e habilidosa Rhaenyra deixa o futuro marido tranquilo sobre a questão do leito, ela sabe de seu interesse por “gansos”. Quando tudo está resolvido e ela volta para casa, Cole que apesar de “fofo” é simplório e não sabe jogar vem com uma proposta bizarra de fuga. – Sério? Só se eles fossem viver para além da muralha. – A cena deixa claro que Rhaenyra está no controle e ele de coração quebrado e propenso a vingança.
As festividades do casamento têm início e iam durar sete longos dias, mas eu confesso que imaginava que fosse durar poucas horas e fiquei só esperando a bomba estourar e ela teve diversos estágios de detonação.
A cena, o salão, os convidados chegando tudo foi aumentando a tensão. A forma como o Jason Lanister falou com o rei e com a noiva foi como sempre, cheia de insinuações. E O noivo chega com sua comitiva e são recebidos como se deve e o clima vai esquentando e piora. No salão os Hightower estão como hienas esperando quem vai cair primeiro para atacarem. Detalhe, eles vieram vestidos em tons de verde, a cor escolhida pela casa para declarar guerra.
– E é assim que Alicent aparece interrompendo o discurso do rei, chamando a atenção de todos quando já deveria estar na mesa. – Ela declarou guerra ao marido e a enteada e quando o rei olha para ela tenho certeza que ele vê a “cara de amarelo” do Otto Hightower, o ex-Mão do Rei.
Ela apareceu de verde, e confesso, ela ficava feia de vermelho, notaram como os vestidos vermelhos ficavam desbotados nela? A atitude dela é reflexo da demissão do pai, de suas palavras sobre se defender e aos filhos. E claro, a fofoca que detonou a raiva maior dela saída da boca do filho da nova Mão do Rei, Larys Strong, um intrigante, boca de chafurdo. – Ela tirou a limpo a fofoca e o fraco, provinciano e hipócrita do Cole, cavaleiro da guarda real, revela que dormiu com a Rhaenyra. – Eu quase jogava algo na TV quando ele revelou tudo.
– Sério? Alicent ficou chateada? – Acho que ele não conhece o ditado que “Chumbo trocado não dói”, pois ela mentiu e enganou a amiga enquanto seduzia o rei. – Mas vamos em frente. Daemon chega e causa aquele sentimento de frio na espinha. E a última bomba é engatilhada quando o amante de Laenor, Joffrey descobre com um olhar quem é o amante de Rhaenyra e vai bater um papinho com ele. – Cara cutucou o cão com vara curta…– Vara? Ele falou foi no pé do ouvido dele. – Ai a coisa entornou pois Daemon puxou Rhaenyra e pela segunda vez ela é convidada a fugir.
A gritaria começa e o sangue jorra o Cole perdeu o juízo e ataca o Joffrey e nada nem ninguém consegue deter o cara. A festa vira tumulto e o fim é um “casamento sangrento” para não quebrar a tradição.
O episódio todo é cheio de simbolismo e o final é os noivos sujos de sangue casando apenas diante dos pais e de um sacerdote enquanto um rato prova o sangue do morto.
Claro, pontas soltas e algumas coisas forçadas, mas nada que tenha tirado o ritmo desse capítulo que vai entrar para a história dessa série. Minha nota? Cinco beijos de fogo.
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