A Casa Já Caiu: “Minha Mãe e Minha Avó Já Diziam”

Resgatando a Sabedoria Financeira de Nossas Raízes: Um Chamado à Ação Responsável

Diante da recente tragédia que assolou o estado do Rio Grande do Sul, revelou-se um aspecto alarmante da gestão governamental no Brasil. Enquanto o governo estadual e federal são responsáveis por arrecadar impostos que representam, em muitos casos, até seis meses de trabalho de um cidadão médio, a resposta diante da calamidade surpreendeu e indignou. Em vez de mobilizar recursos já disponíveis para lidar com a emergência, foi anunciada a abertura de uma conta bancária via PIX para receber doações destinadas aos gastos gerais. Este evento não apenas expõe a fragilidade dos serviços públicos, mas também levanta questões sobre a transparência e a responsabilidade na administração dos recursos arrecadados dos contribuintes. #SOSRioGrandeDoSul

“Não gastar mais do que se ganha.” Uma máxima tão simples, tão básica, mas tão frequentemente esquecida. Ao longo dos anos, vimos economias pelo mundo afora esfacelarem-se diante da terrível e irresponsável máquina estatal do gasto público descontrolado. Minha mãe e minha avó repetiam incansavelmente essa frase, como um mantra sábio que atravessava gerações. E hoje, mais do que nunca, suas palavras ressoam como um alerta premonitório.

Enquanto muitos debatem políticas econômicas complexas e teorias monetárias elaboradas, a essência da estabilidade financeira permanece tão elementar quanto o bater do coração: gaste menos do que você ganha. É um princípio tão fundamental quanto o próprio ar que respiramos, e sua violação tem consequências igualmente devastadoras.

Olhando para trás, é fascinante como nossas avós mantinham as contas equilibradas com uma simplicidade quase poética. Não havia fórmulas complicadas ou equações elaboradas, apenas a sabedoria prática de viver dentro de seus meios. Enquanto o mundo ao seu redor podia ser tumultuado e incerto, elas permaneciam firmes em sua convicção de que a prudência financeira era a pedra angular de uma vida estável.

No entanto, em algum ponto da jornada, essa lição valiosa parece ter se perdido no labirinto da burocracia e da política. Governos, enredados em suas próprias teias de interesses e agendas, muitas vezes ignoram o conselho simples de nossas matriarcas em favor de políticas de gastos extravagantes e insustentáveis.

O resultado? Uma montanha de dívidas que paira sobre as futuras gerações como uma espada de Dâmocles. O esbanjamento irresponsável de recursos públicos não apenas compromete o presente, mas compromete o legado que deixamos para os que estão por vir. É uma traição ao contrato intergeracional, uma injustiça que clama por retidão.

Então, onde nos encontramos agora, diante deste cenário desolador? O primeiro passo é reconhecer a sabedoria contida nas palavras de nossas mães e avós. “Não gastar mais do que se ganha” não é apenas um conselho antiquado; é um lembrete atemporal de responsabilidade e moderação.

Além disso, precisamos exigir transparência e responsabilidade de nossos líderes. Devemos lembrá-los de que não são apenas os guardiões do presente, mas também os arquitetos do futuro. Eles têm o dever sagrado de administrar os recursos públicos com prudência e visão de longo prazo, em vez de cederem às pressões políticas de curto prazo.

Por fim, cada um de nós deve assumir a responsabilidade individual por nossas próprias finanças. Devemos cultivar hábitos de poupança e investimento, planejar para o futuro e resistir à tentação do consumismo desenfreado. Somente quando cada indivíduo adota uma mentalidade de responsabilidade financeira podemos esperar construir uma sociedade verdadeiramente próspera e sustentável.

Em última análise, “a casa já caiu” é mais do que um mero clichê; é um lembrete urgente de que a estabilidade econômica não é garantida. Depende de nós, como indivíduos e como sociedade, tomar as medidas necessárias para reconstruir os alicerces de uma ordem econômica sólida e sustentável. O legado de nossas mães e avós nos aguarda, implorando para que aprendamos com sua sabedoria e ajamos com determinação.

Fonte
Substack de Paulo Fernando De Barros
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