No epicentro de um turbilhão político no Peru, a presidente Dina Boluarte se vê no centro de uma investigação em expansão conduzida pela Procuradoria do país. A recente ampliação do escopo da investigação para incluir a acusação de suborno passivo indevido lança ainda mais luz sobre o que já é conhecido como o ‘Caso Rolex’, uma saga de corrupção e enriquecimento ilícito que tem abalado as estruturas do governo peruano.
A Procuradoria Andina anunciou formalmente a ampliação da investigação contra Boluarte, inicialmente centrada em acusações de enriquecimento ilícito e falta de registro de declarações documentais. Agora, o foco se volta para supostos atos de suborno no âmbito do escândalo, revelando uma trama intricada de trocas de favores e influência entre altos funcionários do governo e empresários poderosos.
O ‘Caso Rolex’ remonta à alegada entrega de relógios e joias de luxo pelo governador regional de Ayacucho, Wilfredo Oscorima, em troca de financiamento para obras públicas milionárias. As autoridades não estão apenas investigando Boluarte, mas também Oscorima, por sua suposta participação na prática de suborno ativo genérico.
A escalada da investigação ganhou destaque após uma operação conjunta da Polícia e do Ministério Público, que realizaram buscas no Palácio do Governo e na residência pessoal da presidente em 29 de março. A reação do governo peruano não se fez esperar, ordenando uma busca na divisão policial encarregada de investigar Boluarte, em uma tentativa de conter o impacto do escândalo em sua administração.
Enquanto isso, a população peruana observa com apreensão o desdobramento dos eventos, clamando por transparência e responsabilização em meio à turbulência política que ameaça minar a confiança nas instituições do país. O futuro político de Boluarte e os desdobramentos do ‘Caso Rolex’ permanecem incertos, enquanto o Peru enfrenta mais uma crise de credibilidade em sua liderança governamental.
