Milhares protestam em Buenos Aires contra governo conservador de Javier Milei e pela universidade pública

Milhares de pessoas inundaram as ruas de Buenos Aires nesta terça-feira em um protesto massivo contra o novo governo conservador liderado por Javier Milei, enquanto defendiam a importância da universidade pública. Partidos políticos de oposição, sindicatos e organizações sociais se uniram à manifestação, que culminou na icônica Praça de Maio, diante da Casa Rosada, sede do Executivo.

Embora as autoridades policiais tenham estimado a participação em cerca de 150 mil pessoas, os organizadores alegam que mais de meio milhão de manifestantes se fizeram presentes. Além disso, aproximadamente 50 mil pessoas expressaram sua indignação nas ruas de Córdoba, enquanto outras 20 mil se juntaram ao movimento em Mendoza. Cidades como Mar del Plata e Rosário também testemunharam mobilizações em massa, conforme relatado pelo jornal Clarín.

Os protestos foram coordenados pelo Conselho Interuniversitário, composto por representantes das 66 universidades públicas do país. Eles receberam apoio da Frente Sindical das Universidades Nacionais e da Federação Universitária Argentina.

Os organizadores emitiram um comunicado enfatizando a crise financeira enfrentada pelas instituições educacionais: “Chegamos a março de 2024 com um orçamento de despesas nos valores de setembro de 2022. O aumento de 70% nessas despesas, previsto para março e ainda não pago, juntamente com o recente anúncio de mais 70%, é um incentivo ainda insuficiente diante de uma inflação que atingiu 300% no mesmo período”.

Estes protestos foram especialmente direcionados contra as declarações de Milei, que acusa as universidades públicas de “doutrinar” e levantou questões sobre sua transparência financeira ao denunciar a falta de auditorias.

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