Espanha: Rejeição de Emendas Desencadeia o Colapso da Lei de Anistia

Parlamento da Espanha rejeita projeto de anistia para separatistas catalães

Independentistas Catalães da Junts Retornam à Comissão de Justiça Após a Queda da Proposta de Lei.

Os deputados da Junts per Catalunya rejeitaram a lei de anistia após as emendas apresentadas serem amplamente recusadas. A proposta, crucial para a investidura de Pedro Sánchez, agora enfrenta uma segunda tentativa no Congresso após retornar à Comissão de Justiça.

Antes da votação, os deputados do PSOE rejeitaram as emendas independentistas, desencadeando um intenso debate. A deputada da Junts, Míriam Nogueras, expressou insatisfação com o texto atual, argumentando que uma “anistia seletiva e em diferido não é o acordado”. A oposição liderada por Alberto Núñez Feijóo denunciou a lei como uma “vergonha nacional”, acusando um possível acordo para manter Sánchez na presidência.

O rechaço das emendas propostas pelos independentistas catalães da Junts per Catalunya desencadeou uma reviravolta significativa na votação da lei de anistia. A proposição, que inicialmente obteve 171 votos a favor e 179 contra, estava vinculada às alterações sugeridas pelos membros da Junts. No entanto, a ampla maioria que rejeitou essas emendas levou à sua derrota e à necessidade de revisão.

A lei, que desempenhou um papel crucial na investidura de Pedro Sánchez em novembro passado, agora retorna à Comissão de Justiça do Congresso. Esta comissão terá um prazo de um mês para elaborar um novo texto, que será submetido a um segundo esforço de aprovação no Congresso. O destino da legislação, que impacta diretamente as questões de anistia, agora está envolto em incerteza e dependerá das futuras negociações e modificações propostas.

Durante o debate acalorado no hemiciclo, a deputada da Junts, Míriam Nogueras, expressou claramente a discordância com o texto atual, rejeitando a ideia de uma “amnistia seletiva e em diferido”. Argumentou veementemente que tal abordagem não estava alinhada com os acordos previamente estabelecidos. Este confronto de opiniões entre os membros da Junts e outras facções políticas, como os representantes do PSOE, revela as divisões significativas em relação à proposta de anistia.

Além disso, o líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo, classificou a lei como uma “vergonha nacional”. Em sua declaração, Feijóo alegou que a legislação era um possível “pagamento” para manter Pedro Sánchez na presidência, aumentando ainda mais a tensão política em torno do tema.

O desdobramento deste episódio promete continuar influenciando o cenário político espanhol, com debates intensos e negociações previstas para determinar o destino final da controversa proposta de anistia.

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