Em meio a alegações de envolvimento de doze funcionários da ONU em um ataque terrorista contra Israel em 7 de outubro, diversos países doadores suspenderam o apoio à principal organização humanitária em Gaza, a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina). Contudo, em uma decisão destacada, a Noruega optou por manter seu compromisso de apoio, enfatizando a crítica situação humanitária que assola a região após quatro meses de conflito.
O Ministro das Relações Exteriores, Espen Barth Eide, declarou que, apesar das acusações, a Noruega continua sendo um grande contribuinte para a UNRWA e instou outros países doadores a considerarem as consequências abrangentes que cortes no financiamento poderiam ter em um momento de extrema necessidade em Gaza.
Com 80% da população de Gaza deslocada e milhares de civis, incluindo crianças, mortos durante o conflito, a situação humanitária é descrita como catastrófica. A falta de alimentos, água e medicamentos é agravada pela precariedade dos serviços de saúde. A UNRWA, com 30.000 funcionários em vários países da região, desempenha um papel crucial, sendo uma linha de vida para quase 2 milhões de pessoas em Gaza, distribuindo ajuda, salvando vidas e garantindo as necessidades básicas e direitos da população.
O Ministro Eide acolheu a investigação em curso sobre o ataque de outubro e demandou total transparência da UNRWA. Ele expressou preocupação com as sérias acusações contra alguns de seus funcionários, destacando a necessidade de responsabilizar os envolvidos sem impor penalidades coletivas à população já sofrida de Gaza.
Além de reiterar a condenação ao ataque de 7 de outubro, a Noruega continua a exigir a libertação imediata de todos os reféns mantidos em Gaza. Enquanto o debate sobre o apoio à UNRWA persiste, a decisão da Noruega destaca a complexidade de equilibrar a responsabilidade individual pelos eventos de outubro com a necessidade urgente de assistência humanitária em Gaza.
