Resistência do Hamas Desafia Objetivos de Guerra de Israel: Estimativas dos EUA Reveladas

No contínuo conflito entre Israel e o Hamas, as mais recentes estimativas de inteligência dos EUA revelam que as forças israelenses ficaram aquém de seu objetivo de destruir o grupo militante. Apesar de uma guerra de meses que devastou partes da Faixa de Gaza, as operações israelenses só conseguiram eliminar entre 20% e 30% dos combatentes do Hamas, deixando o grupo notavelmente resiliente.

A avaliação dos EUA também indica que o Hamas possui munições suficientes para sustentar ataques tanto em Israel quanto nas forças israelenses em Gaza por meses. Além disso, há relatos das tentativas do grupo de reconstruir sua força policial em partes da Cidade de Gaza, conforme revelado em um relatório classificado confirmado por autoridades dos EUA.

Apesar de uma campanha aérea e terrestre israelense agressiva que resultou na morte de milhares de civis, incluindo a retirada de milhares de tropas de Gaza, Israel ainda não alcançou seu principal objetivo de erradicar o Hamas. A capacidade do grupo de adaptar táticas, operando em grupos menores e se escondendo entre emboscadas, adicionou complexidade ao conflito.

A administração Biden começou a reduzir as expectativas para a guerra, deslocando o foco da destruição total do Hamas para degradá-lo como uma ameaça à segurança. Os EUA instaram Israel a fazer a transição para operações mais direcionadas, especialmente voltadas para a liderança do Hamas.

O Hamas, embora tenha sofrido milhares de baixas, parece estar principalmente focado em sobreviver, em vez de vencer o conflito. Oficiais militares israelenses atuais e antigos enfatizam que o objetivo do Hamas não é vencer, mas sim “não perder”.

O conflito se intensificou significativamente após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, resultando em mais de 1.200 vítimas, principalmente civis, e mais de 200 pessoas feitas reféns. O impacto da guerra nos palestinos foi devastador, com mais de 24.000 mortes e 1,9 milhão de gazenses, aproximadamente 85% da população, obrigados a abandonar suas casas.

A distinção entre combatentes e civis nas estatísticas de vítimas permanece incerta, com o Hamas negando pesadas perdas entre suas fileiras. Os EUA estimam que o Hamas tinha entre 25.000 e 30.000 combatentes antes da guerra, e Israel também aproximou um número semelhante.

A estimativa de inteligência dos EUA, derivada de comunicações interceptadas, análise das ruínas em Gaza, vigilância por drones e inteligência israelense, sugere que a força de combate do Hamas continua sendo formidável. O exército israelense fornece uma estimativa ligeiramente mais alta, afirmando ter matado cerca de 30% da força total de combate do grupo.

Embora a doutrina militar convencional sugira que uma força que perde de 25% a 30% de seus combatentes seria considerada ineficaz em combate, a força irregular do Hamas, lutando defensivamente em ambientes urbanos com extensas redes de túneis, provou o contrário. As perdas, no entanto, estão aumentando a pressão sobre o grupo, com os combatentes possivelmente tendo que assumir múltiplos papéis.

Em um sinal da resiliência do Hamas, tentativas de reafirmar a autoridade no norte da Cidade de Gaza foram observadas, mesmo quando os ataques aéreos israelenses e os combates deixaram áreas em ruínas. A presença do grupo, embora mínima, levanta preocupações sobre seu potencial ressurgimento em áreas não controladas pelas forças israelenses.

O conflito continua, com ambos os lados enfrentando desafios estratégicos, e a situação em evolução levanta questões sobre a viabilidade de Israel alcançar seus objetivos de guerra. O impacto da guerra sobre os civis e a resistência contínua do Hamas destacam as complexidades do conflito e as dificuldades em alcançar uma resolução conclusiva.

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