Desmoronamento das Relações Francesas na África: Uma Crise Geopolítica Sob a Vigilância de Macron

A relação histórica da França com suas ex-colônias africanas tomou um rumo turbulento sob a presidência de Emmanuel Macron, desencadeando uma crise geopolítica com consequências abrangentes. Este artigo explora os equívocos e as falhas diplomáticas que tensaram os laços entre a França e suas 20 ex-colônias africanas, resultando em repercussões significativas tanto para o continente africano quanto para os esforços globais de combate ao terrorismo

A Promessa de Macron por um Novo Começo:

Macron, o primeiro presidente francês da era pós-colonial, iniciou seu mandato em 2017 com a promessa de resetar os laços da nação com suas ex-colônias africanas. Buscando se afastar das práticas neocoloniais do passado, Macron defendeu uma conexão mais profunda com a sociedade civil africana e nações fora da influência histórica do império francês.

Uma Série de Equívocos Diplomáticos:

No entanto, a administração de Macron foi criticada por sua gestão de eventos-chave, como o golpe militar no Mali, onde autoridades francesas apresentaram aos EUA possíveis sucessores para o líder pró-francês deposto. A falta de apoio americano e as consequências subsequentes destacaram os desafios na abordagem da França para suas ex-colônias.

Reação e Sentimento Anti-Francês:

Em toda a África francófona, o sentimento anti-francês tornou-se um poderoso grito de guerra, com acusações de anos de subdesenvolvimento e má administração governamental sendo atribuídas à antiga potência colonial. Essa reação não apenas tensionou as relações diplomáticas, mas também prejudicou os esforços dos EUA para combater uma insurgência jihadista na África Ocidental.

Impacto nos Esforços Antiterrorismo:

A crise geopolítica afetou adversamente a luta contra o terrorismo, com as tropas francesas enfrentando oposição e sendo expulsas de países como Mali, Burkina Faso e Níger. Os EUA foram forçados a recalibrar sua presença militar, reduzindo o número de tropas na região e buscando bases alternativas para enfrentar a ameaça jihadista.

Erros Estratégicos de Macron no Sahel:

O envolvimento militar da França no Sahel, especialmente na Operação Barkhane, foi criticado pela falta de sucesso em conter a insurgência islamista. A incapacidade de Macron em garantir apoio suficiente dos governos sahelianos e abordar questões de governança e corrupção minou a eficácia dos esforços militares franceses.

Deslizes de Comunicação e Insensibilidade Cultural:

O estilo de comunicação de Macron adicionou lenha à fogueira, com acusações de racismo e condescendência. Comentários controversos sobre as taxas de natalidade nos países sahelianos e observações insensíveis durante aparições públicas alimentaram o descontentamento, fornecendo munição para críticos que acusaram Macron de enfraquecer a posição da França na África.

Relações Econômicas e Políticas Deterioradas:

Mesmo em ex-colônias mais estáveis, como Senegal, empresas de propriedade francesa enfrentaram ataques durante protestos antigovernamentais. A falha de Macron em cumprir promessas de se distanciar de líderes africanos questionáveis ​​ainda mais tensou as relações, revelando as complexidades de manter alianças com líderes envolvidos em escândalos de corrupção.

O Futuro das Relações França-África:

À medida que as tensões se intensificam e os apelos para cortar laços com a França aumentam, a crise geopolítica apresenta desafios tanto para a França quanto para suas ex-colônias. O artigo conclui explorando as possíveis implicações dessa ruptura, enfatizando a necessidade de uma abordagem matizada para reconstruir a confiança e a colaboração entre a França e seus parceiros africanos.

Em essência, o desmoronamento das relações francesas na África sob a liderança de Macron não apenas desencadeou uma crise geopolítica, mas também comprometeu os esforços globais para lidar com questões urgentes de segurança na região.

Fonte
Com WSJ
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