Desafios Crescentes: O Ocidente Enfrenta Escassez e Espera Prolongada na Produção de Mísseis

A crescente demanda por mísseis e sistemas de armas complexos no Ocidente, impulsionada por ameaças globais e conflitos, coloca desafios significativos devido a dificuldades nas cadeias de abastecimento e na produção. O artigo destaca a alta procura pelos Sistemas Nacionais Avançados de Mísseis Superfície-Ar (Nasams) da Kongsberg, mas ressalta a espera de dois anos para a fabricação desses sistemas. As complexidades na produção de armamentos modernos, aliadas à falta de peças críticas e escassez de mão de obra qualificada, contribuem para a demora na entrega. A análise aborda a preocupação de autoridades dos EUA e da NATO sobre a possível impacto na capacidade de defesa em face de conflitos iminentes, destacando a necessidade urgente de aumentar a produção de mísseis no Ocidente. A China e a Rússia surgem como desafiantes, com avanços em sistemas de mísseis hipersônicos. O artigo conclui destacando os esforços do Pentágono em mapear cadeias de abastecimento globais para superar os impasses na produção de armas e expandir a capacidade em parceria com empresas estrangeiras.

Os conflitos globais e as ameaças em constante evolução têm gerado uma demanda urgente por sistemas de armas avançados no Ocidente. No entanto, a espera prolongada para adquiri-los revela desafios significativos na produção, impactando a prontidão militar. O destaque recai sobre a Kongsberg, na Noruega, que fabrica o Sistema Nacional Avançado de Mísseis Superfície-Ar (Nasams), capaz de defender o espaço aéreo sobre a Casa Branca.

Com a Rússia e a China representando ameaças crescentes, as encomendas para o Nasams da Kongsberg atingiram níveis sem precedentes. Eirik Lie, presidente da unidade de defesa da empresa, destaca a extraordinária demanda, mas também alerta para a espera inevitável: dois anos para a produção de um Nasam, com uma carteira de pedidos já extensa.

O artigo destaca as deficiências evidenciadas durante a guerra na Ucrânia, onde a produção rápida de armas pelo Ocidente se mostrou insuficiente. A complexidade dos modernos sistemas de armas, constituídos por milhares de peças, cria obstáculos adicionais. A Kongsberg, como muitas empresas ocidentais de defesa, depende de uma vasta cadeia de abastecimento com mais de 1.500 fornecedores.

O desafio é agravado pela escassez de mão de obra especializada, uma crise que afeta toda a indústria de defesa. A urgência em aumentar a produção é evidente, mas a capacidade de fornecimento enfrenta restrições, algo não visto desde a Guerra da Coreia.

O Pentágono, preocupado com a possível falta de capacidade de luta, enfatiza a necessidade de um aumento generalizado na produção. Simulações de jogos de guerra indicam lacunas críticas nos estoques, especialmente em mísseis anti-navio de longo alcance. A demora na reposição do estoque é uma preocupação, com cada míssil levando cerca de dois anos para ser fabricado.

Problemas semelhantes afetam outras categorias de mísseis, incluindo Javelin e Stinger. A cadeia de abastecimento global desses sistemas é complexa, enfrentando escassez de motores de foguete sólidos e outros componentes essenciais.

A China e a Rússia, com grandes setores de defesa estatal, superam o Ocidente em alguns sistemas de mísseis e defesa. Possuem mísseis hipersônicos, enquanto os EUA e a Europa enfrentam atrasos na introdução desses sistemas.

A estratégia do Pentágono para mapear as cadeias de abastecimento globais visa mitigar os gargalos e identificar alternativas. Empresas dos EUA buscam expandir a capacidade em parceria com estrangeiros, como a Kongsberg.

No entanto, desafios persistem. Com a Ucrânia e outros aliados necessitando urgentemente de sistemas de defesa antimísseis, o Ocidente enfrenta um cenário complexo. A produção acelerada e a busca por soluções inovadoras tornam-se imperativas para garantir a segurança em meio a ameaças crescentes e cadeias de abastecimento desafiadoras.

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