
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu hoje a Israel que tome medidas “urgentes” para acabar com a violência dos colonos contra os palestinos na #Cisjordânia.
Blinken, que está em São Francisco para a Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), fez o pedido num telefonema com Benny Gantz, um líder da oposição israelita que se juntou ao gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O chefe da diplomacia norte-americana “enfatizou a necessidade urgente de tomar medidas afirmativas para reduzir as tensões na #Cisjordânia, mesmo face aos níveis crescentes de violência extremista dos colonos”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, reproduzido pela AFP.
Blinken também conversou com Gantz sobre os esforços diplomáticos em andamento para libertar reféns capturados por militantes do grupo islâmico palestino Hamas após seu sangrento ataque de 7 de outubro a Israel a partir da Faixa de Gaza.
As autoridades israelitas afirmam que cerca de 240 pessoas foram detidas durante o ataque do Hamas – incluindo cerca de 20 cidadãos argentinos – e que cerca de 1.200 pessoas foram mortas, a maioria civis.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirma que os bombardeamentos e retaliações terrestres de Israel mataram mais de 11.500 pessoas, também na sua maioria civis e incluindo milhares de crianças.
Ao contrário de Gaza, a #Cisjordânia está em grande parte sob ocupação israelita, com autonomia limitada em relação à Autoridade Palestiniana, cujos líderes são anti-Hamas.
Os palestinos na #Cisjordânia ocupada dizem que têm enfrentado um assédio crescente por parte dos colonos israelenses desde a guerra.
Gantz, um general centrista reformado, concordou em servir num gabinete de guerra com Netanyahu, que tinha regressado ao poder numa coligação com partidos de extrema-direita que apoiam fortemente os colonatos judaicos na #Cisjordânia.
Fonte: Agência IP