
#Dólar registra desvalorização após recente valorização, e mercado brasileiro acumula ganhos.
O #Ibovespa operou com otimismo na sessão desta segunda-feira (06), acumulando o quarto avanço consecutivo e fechando em alta de 0,23%, atingindo os 118.431,25 pontos. Essa sequência positiva foi impulsionada pelo sólido ganho de 2,70% na última sexta-feira, e, ao longo do dia, o índice manteve uma margem estreita de 713 pontos entre suas mínimas e máximas. No acumulado das primeiras sessões de novembro, o #Ibovespa avançou 4,67%.
O giro financeiro, no entanto, demonstrou enfraquecimento, totalizando R$ 18,4 bilhões, após um desempenho mais robusto na semana anterior. Lucas Serra, analista da Toro Investimentos, comentou sobre a tranquilidade do dia, destacando que “o #Ibovespa teve um dia mais manso, com um leve movimento na curva de juros doméstica, especialmente nos vértices intermediários e mais longos, mas sem um ‘motivo’ específico”.
A performance positiva dos papéis da Vale, com uma valorização de 0,42% nas ações ordinárias, contribuiu para manter o #Ibovespa resiliente, evitando uma queda mais expressiva em conjunto com os índices norte-americanos, que enfrentaram momentos difíceis na tarde de negociações. A Vale, como a ação com maior peso individual no índice, desempenhou um papel significativo no resultado do dia.
Entre as ações com melhor desempenho, a BRF liderou com uma alta de 12,87%, seguida por Marfrig (+8,61%) e Minerva (+3,34%). Por outro lado, as maiores quedas foram registradas por CVC (-9,23%), Yduqs (-8,85%) e Gol (-7,06%).
Dennis Esteves, sócio e especialista da Blue3 Investimentos, observou que após a forte alta da semana passada, o início desta semana foi marcado pela incerteza e pela falta de uma direção única nos mercados. Os investidores se depararam com a dificuldade de Nova York em manter a recuperação, mesmo com as expectativas de que o Federal Reserve encerre o ciclo de aperto monetário, devido a dados recentes que sugerem enfraquecimento na economia dos Estados Unidos.
No mercado cambial, o dólar à vista encerrou o dia com uma desvalorização de 0,17%, cotado a R$ 4,8879. Após uma queda de 1,54% na sexta-feira, os investidores optaram por realizar ajustes finos de posições. Os resultados das transações correntes de setembro, com um déficit abaixo do esperado, indicam que a dinâmica das contas externas não sustenta apostas em uma depreciação do real. Além disso, o real foi uma das poucas moedas emergentes e de exportadores de commodities a ganhar força em relação ao dólar.
Nos mercados internacionais, as bolsas de Nova York registraram ganhos modestos, oscilando entre altas e quedas ao longo da sessão, enquanto os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir, contradizendo as expectativas de relaxamento monetário do Federal Reserve a partir de meados de 2024. O Dow Jones fechou com alta de 0,10%, o S&P 500 ganhou 0,18%, e o Nasdaq subiu 0,30%.
Por outro lado, na Europa, a maioria das bolsas encerrou em baixa, com alguns setores se destacando, como o petroleiro devido ao aumento nos preços do barril. O índice Stoxx 600 caiu 0,15%, após um forte avanço na semana anterior. O FTSE 100 manteve-se estável, enquanto o DAX, o FTSE MIB, o Ibex 35 e o PSI 20 registraram quedas em suas respectivas bolsas.
No mercado de juros, as quedas nas taxas no exterior e as sinalizações de novos cortes de 0,50 ponto percentual do Copom levaram à queda na curva de juros local. O mercado também permanece atento ao cenário fiscal, com a expectativa de que a meta de primário zero em 2024 possa ser alterada no futuro. O ambiente externo continua influenciando, com o aumento dos yields dos Treasuries.
O cenário econômico e financeiro apresenta desafios e oportunidades, com investidores atentos às oscilações nos mercados globais e às perspectivas locais, aguardando com interesse os próximos desdobramentos econômicos.
Com informações do Bora Investir