
Escute a resenha aqui:
Estava um pouco relutante em ver o filme #Flash, devido à grande polemica gerada pelo ator Ezra Miller. – Não vou tratar dela aqui, pois, quero focar no filme. Infelizmente não podemos separar os atores dos personagens quando eles resolvem enfiar o “pé na jaca”, literalmente. – Mas resolvi assistir ao filme sem fazer julgamentos e deu muito certo, pois queria me divertir e foi o que aconteceu.
O filme gira em torno de Barry Allen (Ezra Miller), e seu drama pessoal, o modo que leva a vida fingindo ser normal quando seu estomago está rugindo de fome porque gastou toda a sua energia correndo para salvar bebes despencando do céu, e logo depois lidar com um chefe exigente, que sempre cobra que ele chegue na hora. – Um paradoxo. Ele é rápido para salvar pessoas, e lento para chegar ao trabalho na hora. – Algo realmente frustrante. E claro, o peso maior advém da prisão injusta de seu pai acusado pela morte da sua mãe.

E é disso que vamos falar, a jornada de um herói que quer salvar sua família e não consegue. – Porque isso vai afetar o equilíbrio do seu próprio universo. O que dá o tom ao filme é essa dor, a família desfeita, e o quanto isso afetou o Barry, e o fez voltar no tempo e tentar mudar o que não pode ser mudado. – O sacrifício dele, e o de tantos outros fazem deles “heróis” e capazes de se sacrificar para que nosso universo continue rodando, fluindo. Sempre ouvi dizer que nossas escolhas podem mudar o mundo e é verdade. O primeiro a mudar é o nosso.

Gostei muito de rever Ben Affleck tendo um papo cabeça com o Barry, afinal os dois perderam pessoas que amavam. Essas dores e cicatrizes emocionais os fizeram mais fortes. Assim como ver a Mulher Maravilha, e rever um dos melhores Batmans que o cinema já teve, Michael Keaton. Incrível perceber que ele viveu o personagem há mais de 30 anos! – Cara é isso que digo, assista com olhos de fã, esquece a fofoca. Eu fiquei emocionada, e quando ele vestiu a roupa de homem morcego e apareceu pleno, maravilhoso foi demais! – Eu gritei: Yes!

O filme todo nos alimenta, nós, os fãs, os malucos, os nerds, que assistem as séries e um filme atrás do outro pelo prazer de ver nossos heróis dos quadrinhos ali na tela vivos!
Nota, o Barry do universo criado pela mudança no tempo é um completo idiota, insuportável, e em alguns momentos, juro eu tive vontade de encher ele de porrada! Inclusive o Barry verdadeiro que já conhecíamos reclama disso.

O que mais gostei no filme? A #Supergirl (Sasha Calle), eu a senti como um Superman, a presença dela teve esse peso para mim. Não só a versão feminina dele. – É difícil de explicar, para mim ela se tornou o #Kal-El. – Aquela garota tem algo mais. Acho que pelo tom mais agressivo.

– Ela chegou tocando o terror e foi muito bom. – E quando lutou com #Zod, foi muito mais visceral, rápido e brutal. Não dava tempo para ele revidar. – É o que dizem, as fêmeas são mais agressivas quando provocadas. A invasão a base russa é um dos pontos altos do filme.

Num resumo rápido, o filme tem uma boa história dentro do arco das histórias de super-heróis. Se você está buscando algo mais complexo filme errado para você. Assista outro estilo de filme. – Passou a mensagem certa, não interfira com os eventos que envolvem tempo. Sempre da caca! – As coisas acontecem como devem ser. Tudo tem um motivo, pode ser que não consigamos ver de imediato, mas está lá oculto, como o sujeito. – Vale o tempo que dediquei diante da tela. Eu ri, fiquei tensa e quase chorei. – Mas tenho o coração mole. Minha nota? Quatro beijos mordidos!