
#Dólar também registra decréscimo, enquanto setor de commodities amortece perdas.
Nesta sexta-feira (22), a #Bolsa de Valores de São Paulo, representada pelo índice Ibovespa, enfrentou um dia de altos e baixos, encerrando em queda de 0,12%, com 116.008,64 pontos. Esta oscilação ocorreu após uma abertura positiva, sugerindo uma possível recuperação depois da queda de 2,15% na quinta-feira, causada pela realização de lucros em reação ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom). Apesar disso, o Ibovespa continua a apresentar ganhos anuais, acumulando uma alta de 5,72%.
No cenário cambial, o dólar também registrou uma leve queda de 0,05% em relação ao real, sendo cotado a R$ 4,9325. Ao longo da semana, a moeda norte-americana teve uma valorização de mais de 1% em relação ao real, mas, no acumulado do ano, experimentou uma queda de mais de 6%. O índice DXY, que compara o dólar dos EUA a outras moedas importantes, apresentou um aumento de 0,21% nesta sexta-feira, alcançando 105,58 pontos.
O desempenho da #Bolsa de Valores teve o suporte crucial do setor de commodities, que exerce forte influência sobre o mercado em geral. O preço do minério de ferro registrou um aumento de 0,87%, impulsionando as ações da Vale (VALE3), Usiminas (USIM5) e CSN Mineração (CMIN3) a fecharem o dia com altas de 0,74%, 0,15% e 1,30%, respectivamente.
Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, explicou que “o minério de ferro subiu nesta madrugada, refletindo dados que indicam que os estoques de minério de ferro na China atingiram as mínimas dos últimos três anos. Isso deve animar os agentes que miram uma retomada na demanda por minério de ferro na China para repor os estoques”.
Além das mineradoras, a Petrobras também contribuiu para mitigar as perdas no Ibovespa, com altas tanto nas ações ordinárias (PETR3: 0,73%) quanto nas preferenciais (PETR4: 0,80%).
Entre as ações que mais se destacaram no dia, o Carrefour figurou entre as cinco empresas com maiores ganhos, influenciado pela reiteração da recomendação de compra pelo Citi. Confira a lista das maiores altas do dia:
- Oceanpact (OPCT3) +7,85%
- Mobly (MBLY3) +5,48%
- Dexxos (DEXP3) +3,64%
- Priner (PRNR3) +3,03%
- Carrefour (CRFB3) +2,81%
Por outro lado, empresas com alto endividamento ou exposição significativa às taxas de financiamento foram as mais prejudicadas no dia, com destaque para Ânima, do setor de educação, e Magazine Luiza, do varejo. A expectativa de aumento das taxas de juros afetou particularmente as ações de empresas intensivas em capital nesta sexta-feira.
- Ânima (ANIM3) -12,09%
- Sequoia (SEQL3) -8,33%
- Traders Club (TRAD3) -7,24%
- Clearsale (CLSA3) -6,74%
- Magazine Luiza (MGLU3) -4,68%
O Ibovespa seguiu a tendência dos índices de Nova York, que acumularam perdas significativas ao longo da semana. Isso reforçou a perspectiva de que vários dos principais bancos centrais do mundo manterão as taxas de juros elevadas por mais tempo. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,31%, o S&P 500 cedeu 0,23%, e o Nasdaq registrou uma desvalorização de 0,09%.
As bolsas europeias encerraram sem uma direção clara devido à divulgação de índices de gerentes de compras em território de contração na região. O FTSE 100 em Londres fechou em leve alta de 0,07%, enquanto o FTSE MIB em Milão caiu 0,43%. O DAX em Frankfurt teve uma leve queda de -0,03%, e o Ibex 35 em Madri recuou 0,54%.
Com informações do Bora Investir