#Dólar sobe 0,35%.
O #Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (19) com uma queda de 0,37%, atingindo a marca de 117.845 pontos. O dia foi marcado pela cautela entre os investidores, que estão em compasso de espera pelas decisões de política monetária tanto do Federal Reserve (Fed) quanto do Banco Central brasileiro, ambas programadas para esta quarta-feira (20).
Nos Estados Unidos, os principais índices também apresentaram recuo. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq registraram baixas de 0,31%, 0,21% e 0,23%, respectivamente.
“O mercado está em compasso de espera pela ‘Super Quarta’ amanhã, quando serão definidas as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos”, disse Leandro Petrokas, diretor de pesquisa e sócio da Quantzed.
“Os investidores continuam aguardando as decisões sobre juros para orientar seus próximos movimentos de mercado. O consenso é que, no Brasil, o #Copom reduza a taxa Selic para 12,75% ao ano, seguindo o ciclo de queda de 0,5 ponto percentual iniciado na última reunião”, afirmou Vanessa Naissinger, especialista em investimentos da Rico.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve deve manter a taxa no intervalo atual, que varia entre 5,25% e 5,50%, de acordo com as previsões dos especialistas.
“Porém, mais importante do que o movimento em si serão os sinais que os membros do Fomc [Comitê Federal de Mercado Aberto] darão em relação ao futuro da política monetária dos Estados Unidos, o que será acompanhado de perto por investidores de todo o mundo”, acrescentou Vanessa.
A divulgação das decisões está marcada para as 15h, no horário de Brasília, seguida por uma entrevista coletiva com o presidente do Fed, Jerome Powell, às 15h30.
Em Nova York, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dez anos subiram 4,8 pontos-base, atingindo 4,367%. Os títulos de dois anos registraram um aumento de 3,5 pontos, alcançando 5,09%.
No Brasil, a curva de juros também apresentou, em sua maioria, aumentos. A exceção foram os DIs com vencimento em 2024, que tiveram uma queda de um ponto, chegando a 12,27%.
Os rendimentos dos contratos para 2025 e 2027 subiram 4,5 e 8,5 pontos, respectivamente, alcançando 10,50% e 10,45%. Os DIs para 2029 avançaram 9 pontos, atingindo 11%, enquanto os de 2031 subiram 8 pontos, chegando a 11,30%.
Especialistas destacam que a divulgação do IBC-Br de julho, com um crescimento de 0,44% em relação ao consenso de 0,3%, indica que a economia brasileira continua aquecida, apesar das altas taxas de juros, o que pode ter contribuído para a pressão altista nos DIs.
A alta nos preços do petróleo, com o Brent ultrapassando US$ 95 durante o pregão, também influenciou a curva de juros.
“Os juros futuros, especialmente nos prazos médio e longo, e o dólar subiram impulsionados pelos aumentos nos rendimentos dos títulos do Tesouro, que são afetados pelos ganhos no mercado de petróleo e pelo possível impacto na inflação, o que pode exigir uma extensão do período de taxas de juros elevadas”, explicou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Conforme ele, a alta do petróleo, por sua vez, pressionou as ações das empresas aéreas, impactadas pelo aumento dos custos dos combustíveis, além da valorização do dólar e da alta na ponta longa da curva de juros.
Além disso, durante a tarde, o Broadcast trouxe declarações do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso, mencionando que uma revisão da meta fiscal para 2024 não está descartada.
Essa notícia impulsionou os juros futuros (DIs) para as máximas da sessão, fazendo com que o #Ibovespa ampliasse suas perdas. O índice chegou a renovar mínimas, atingindo os 117.627 pontos.
Em seguida, citando fontes, o Broadcast trouxe informações da equipe econômica negando qualquer mudança na meta de atingir um déficit zero em 2024.
No mercado cambial, o dólar americano ganhou 0,35% em relação ao real brasileiro, encerrando a R$ 4,872 na compra e a R$ 4,873 na venda. O DXY, que mede a força do dólar em comparação com outras moedas de países desenvolvidos, permaneceu estável em 105,14 pontos.
Entre as maiores quedas no #Ibovespa, destacaram-se as ações ligadas ao mercado interno, assim como as companhias aéreas. As ações ordinárias da Lojas Renner (LREN3) perderam 5,38%, as preferenciais da Gol (GOLL4) recuaram 4,48%, e as ordinárias da Totvs (TOTS3) tiveram uma queda de 4,91%. As preferenciais da Azul (AZUL4) também recuaram, com uma diminuição de 2,94%.
Com informações do Infomoney
