Acumulando alta de 4,05% em 12 meses, a inflação segue em foco no cenário econômico brasileiro.
Na segunda quadrissemana de setembro de 2023, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou um aumento de 0,16%. Esse resultado reflete a continuidade das pressões inflacionárias que têm marcado a economia nos últimos tempos, acumulando uma alta de 4,05% nos últimos 12 meses, conforme dados divulgados pelo FGV/IBRE.
A análise recente da variação acumulada em 12 meses revela a persistência do aumento dos preços, conforme demonstrado no Gráfico 1: Evolução da taxa de variação % em 12 meses.


Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa que compõem o IPC-S registraram acréscimo em suas taxas de variação. O grupo que mais contribuiu para o resultado do IPC-S foi o de Transportes, cuja taxa de variação passou de 0,95% na primeira quadrissemana de setembro para 1,55% na segunda quadrissemana do mesmo mês. Vale destacar o comportamento do preço da gasolina, que variou 4,40%, frente a 2,75% na edição anterior do IPC-S.
Também apresentaram aumento em suas taxas de variação os grupos de Educação, Leitura e Recreação (-1,59% para -0,70%), Alimentação (-0,68% para -0,60%), Vestuário (-0,36% para -0,33%) e Comunicação (0,06% para 0,07%). Nesses grupos, merecem destaque itens como passagem aérea (-11,30% para -5,40%), hortaliças e legumes (-4,91% para -3,86%), roupas infantis (-0,26% para 0,49%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,12% para 0,07%).
Por outro lado, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,03% para -0,10%), Habitação (0,46% para 0,42%) e Despesas Diversas (-0,18% para -0,28%) apresentaram queda em suas taxas de variação. Itens como artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,79% para -1,30%), tarifa de eletricidade residencial (2,07% para 1,64%) e serviço religioso e funerário (0,26% para -0,16%) contribuíram para esse movimento.
As Tabelas 2 e 3 detalham os itens com maiores influências positivas e negativas, respectivamente, no IPC-S da segunda quadrissemana de setembro de 2023.

