Economia

Ibovespa sobe 0,18% e acompanha cenário externo após inflação americana

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Dólar cai 0,72%, sendo cotado a R$ 4,917.

O Ibovespa teve um dia de leve alta, encerrando os negócios com um ganho de 0,18% nesta quarta-feira (13), atingindo a marca de 118.175 pontos. O movimento da principal bolsa de valores do Brasil foi majoritariamente influenciado pela performance das Bolsas americanas.

Em Nova York, o S&P 500 e o Nasdaq registraram ligeiras altas de 0,12% e 0,29%, respectivamente. No entanto, o Dow Jones fechou em queda de 0,20%. O cenário global foi fortemente moldado pelos dados de inflação divulgados nos Estados Unidos, que impactaram as expectativas em relação às políticas de juros do Federal Reserve, o banco central americano.

De acordo com Antonio Sanches, analista da Rico, “Nesta quarta-feira, as ações em Wall Street e no Brasil subiram, à medida que dados nos Estados Unidos mostraram um aumento moderado nos preços ao consumidor em agosto, aumentando as expectativas de que o Federal Reserve mantenha inalterado o patamar dos juros básicos por lá – em 5,25% a 5,5% ao ano”. A decisão sobre a taxa de juros americana está programada para a próxima semana e permanece no centro das atenções dos investidores, dada sua importância global na avaliação e precificação de ativos financeiros.

A inflação norte-americana, medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês), registrou um aumento de 0,6% em agosto, alinhado com as expectativas do mercado, mas acelerando em relação ao avanço de 0,2% observado em julho. No entanto, a percepção do mercado é que esse aumento de preços foi impulsionado principalmente pelos combustíveis e, portanto, não deve afetar os planos do Federal Reserve.

No mercado de títulos do governo dos EUA, os yields dos treasuries de dez anos encerraram o dia de forma estável, em 4,254%. Já os treasuries de dois anos perderam 2,5 pontos, fechando em 4,98%.

A curva de juros brasileira seguiu a tendência de queda. Os DIs para 2024 permaneceram estáveis, em 12,30%, enquanto os contratos para 2025 recuaram cinco pontos-base, para 10,38%. As taxas dos contratos para 2027 também diminuíram cinco pontos, ficando em 10,25%, assim como as dos contratos para 2029, que atingiram 10,80%. Os DIs para 2031 fecharam em 11,11%, com uma redução de cinco pontos.

O destaque na alta do Ibovespa foi impulsionado pelo recuo da curva de juros brasileira, beneficiando varejistas e empresas ligadas ao mercado interno. As ações ordinárias da Locaweb (LWSA3) subiram 3,20%, as da Arezzo (ARZZ3) avançaram 2,35%, e as do Carrefour (CRFB3) registraram um ganho de 3,97%.

Fabio Louzada, fundador da Eu me banco, destaca que “o setor de varejo também teve mais um dia otimista estimulado pela queda dos juros futuros, que respondem bem após dados do IPCA que vieram melhores que o esperado”.

Por fim, o dólar perdeu força em relação ao real, com uma queda de 0,72%, sendo cotado a R$ 4,917 na compra e venda. Este movimento cambial reflete o cenário global e as expectativas relacionadas às políticas monetárias.

Com informações do Infomoney

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Joabson João

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

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