Baixa negociação marca o dia devido ao feriado nos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou o pregão desta segunda-feira (4) com uma variação mínima, registrando uma leve queda de 0,10%, fechando aos 117.776 pontos. O dia de negociação foi marcado por um volume reduzido de R$ 12,40 bilhões, resultado do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que manteve as bolsas norte-americanas fechadas.
A jornada começou com o Ibovespa buscando impulso, impulsionado pelo desempenho positivo das ações da Vale (VALE3) após uma forte alta na sexta-feira. No entanto, a ausência de referência das bolsas de Nova York devido ao feriado americano resultou em menor liquidez e gradualmente o índice perdeu força, zerando os ganhos ao longo do dia, conforme observado por Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Nishimura comenta: “Diante da menor liquidez, alguns movimentos podem ser vistos como corretivos, sem muita fundamentação em fatos novos de impacto sobre os preços. Isto ocorreu com as ações dos frigoríficos, que se recuperaram após as perdas da última semana e se beneficiam residualmente das perspectivas de estímulos na China.”
Na China, o mercado de minério de ferro apresentou uma leve alta, impulsionado por um estímulo imobiliário no país asiático. Fontes especializadas citadas pela Reuters indicaram que a China está preparada para tomar novas medidas, incluindo o relaxamento das restrições à compra de casas, como parte de seus esforços para enfrentar uma crise econômica em crescimento.
Entre os destaques positivos do Ibovespa, as ações ordinárias da Vale (VALE3) avançaram 0,74%, as da CSN Mineração (CMIN3) subiram 1,15%, e as preferenciais série A da Usiminas (USIM5) ganharam 0,87%. Além disso, os papéis da Minerva (BEEF3) se destacaram com um avanço de 4,56%, se recuperando das quedas da última semana.
No entanto, no lado oposto do índice, as ações de empresas ligadas ao mercado interno tiveram desempenho negativo. As ações ordinárias da EzTec (EZTC3) caíram 2,08%, as da Magazine Luiza (MGLU3) recuaram 2,80%, e as da Via (VIIA3) registraram queda de 1,55%. Segundo o analista da Nomos, essa queda nas ações das construtoras foi influenciada pelo aumento dos juros futuros e pela atenção ao julgamento da correção da remuneração do FGTS.
O boletim Focus divulgou projeções de inflação de 4,92% e crescimento do PIB para 2023, o que poderá pressionar o Banco Central a adotar uma política monetária mais rígida. A curva de juros fechou em alta em toda sua extensão, com destaque para os DIs para 2025, que ganharam 3,5 pontos-base, atingindo 10,60%, e os contratos para 2027, que subiram 5,5 pontos, chegando a 10,39%. As taxas dos contratos para 2029 e 2031 também apresentaram alta, atingindo 10,84% e 11,10%, respectivamente.
Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, explicou que o aumento na curva de juros brasileira contribuiu para a estabilização do dólar. A moeda americana encerrou o dia com uma leve queda de 0,12%, cotada a R$ 4,934 na compra e R$ 4,935 na venda.
Com informações do Infomoney
