Togo comandou uma equipe de trenó puxado por cães na parte mais longa e perigosa da “corrida do soro”, que seria usado para combater uma epidemia mortal de difteria no Alasca, em 1925. Togo – já com 12 anos – era o mais qualificado para a missão, que tinha um atalho perigoso que abreviaria um dia de viagem. Foram 420 km percorridos em apenas três dias, na escuridão do inverno extremo ártico, com temperaturas chegando a −31°C, ventos a 110 km/h e sensação térmica a −73°C, cruzando florestas, lagos congelados rachados, estradas bloqueadas de gelo, penhascos rochosos e regiões próximas ao mar aberto. Graças à sua excelente capacidade de liderança e habilidade, seu dono Leonhard Seppala e a equipe chegaram vivos e o soro salvou muitas vidas. Togo – o cão que era considerado pequeno, brincalhão, indisciplinado e inadequado para puxar trenó, doado aos 6 meses de vida e que voltou para seu dono após percorrer quilômetros – detém o recorde de corrida mais longa, rápida e perigosa, considerado um dos cães mais corajosos e inteligentes da história. Sua linhagem deu origem aos huskys siberianos presentes no mundo todo, e sua história da corrida épica é retratada no filme Togo (2019).
Créditos: Fanpage História e cultura no mundo