Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo fica abaixo da taxa de abril e acumula alta de 2,95% no ano.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio registrou uma desaceleração, com alta de 0,23%, ficando 0,38 ponto percentual abaixo da taxa de abril, que foi de 0,61%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,95%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,94%, abaixo dos 4,18% observados nos 12 meses anteriores. Em comparação com maio de 2022, quando a variação havia sido de 0,47%, o índice também apresentou uma desaceleração.
Saúde e cuidados pessoais lideram as altas
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em maio, sendo Saúde e cuidados pessoais o grupo com maior impacto, contribuindo com 0,12 ponto percentual. Essa categoria registrou a maior variação, com 0,93%. Os destaques foram o plano de saúde (1,20%), itens de higiene pessoal (1,13%), com ênfase no aumento dos preços de perfumes (3,56%), e produtos farmacêuticos (0,89%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos.
Habitação e Despesas pessoais também tiveram altas significativas
Em segundo lugar, o grupo Habitação apresentou alta de 0,67%, contribuindo com 0,10 ponto percentual. O aumento foi impulsionado principalmente pela taxa de água e esgoto, que teve reajustes aplicados em seis áreas. Destacam-se os reajustes em Recife (10,79%), São Paulo (6,17%), Aracaju (4,60%), Curitiba (3,44%), Belém (0,54%) e Goiânia (0,44%). Além disso, a energia elétrica residencial também subiu (0,91%), devido a reajustes aplicados em diferentes regiões do país.
No grupo de Despesas pessoais, a alta foi de 0,64%, com destaque para o aumento de 12,18% nos jogos de azar, após o reajuste médio de 15,00% no valor das apostas. Outros itens que registraram alta foram cinema, teatro e concertos (1,06%), alimento para animais (0,95%) e empregado doméstico (0,24%).
Transportes e Artigos de residência apresentaram queda
Os preços do grupo de Transportes recuaram em maio, registrando uma queda de 0,57%. Esse declínio foi influenciado principalmente pela redução nos preços das passagens aéreas (-17,73%) e nos combustíveis, com destaque para o óleo diesel (-5,96%), gasolina (-1,93%) e gás veicular (-1,01%). O etanol foi o único combustível a apresentar alta, com aumento de 0,38%.
Os Artigos de residência também registraram queda em maio, com uma variação de -0,23%.
Alimentação e bebidas apresenta desaceleração
O grupo de Alimentação e bebidas apresentou uma desaceleração em maio, passando de 0,71% para 0,16%. A estabilidade na alimentação no domicílio contribuiu para essa redução. Os destaques foram o aumento nos preços do tomate (6,65%), leite longa vida (2,37%) e pão francês (1,40%). Por outro lado, houve queda nos preços das frutas (-3,48%), óleo de soja (-7,11%) e carnes (-0,74%).
Análise regional
Na análise dos índices regionais, a única área que apresentou queda em maio foi São Luís (-0,38%), influenciada pelas reduções de preços do frango inteiro (-7,63%) e da gasolina (-5,87%). Fortaleza teve a maior variação (0,56%), impulsionada pelos jogos de azar (12,18%) e energia elétrica residencial (3,71%).