
“#Rosa Maria Egipcíaca”. Importante personagem histórica, #Rosa Maria Egipcíaca foi escravizada e, depois, ganhou fama de profetiza e tornou-se a primeira mulher negra a escrever um livro.
No século XVIII, com seis anos de idade, ela desembarcou no Brasil vindo provavelmente do Golfo da Guiné/Benin. Mantida em escravidão até por volta dos 30 anos de idade, ela chegou a ser comercializada como prostituta. No entanto, uma condição de saúde fez com que começasse a sentir dores tão fortes que causavam visões e experiências místicas, como explica a assessora de Geografia do Sistema Positivo de Ensino, Rafaela Dalbem. “Com isso, ela vendeu os poucos bens de que dispunha e se mudou para Minas Gerais, onde passou a ser conhecida como profetiza, principalmente nas cidades de Ouro Preto, Mariana e São João Del Rei. Essa fama seguiu com ela quando voltou ao Rio de Janeiro, muitos anos mais tarde”, conta.
Com a fama, escolheu para si mesma o nome de #Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, em homenagem a Santa Maria Egipcíaca, que também fora prostituta antes de entregar-se à religião. “Rosa Maria escreveu um livro chamado Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas e, por isso, é considerada a primeira mulher negra a escrever uma obra literária”, detalha Rafaela. Entretanto, como realizava sessões religiosas que misturavam elementos cristãos e práticas #afro-brasileiras, acabou sendo considerada herege por autoridades religiosas.
Embora, com isso, tenha caído no esquecimento por muito tempo, recentemente sua memória tem sido resgatada pela cultura popular. “#Rosa Maria Egipcíaca foi uma mulher muito importante para a história, a religiosidade e a memória do povo afrodescendente.